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Lula tem condições de participar das eleições e ser eleito, diz Dilma

Declaração foi feita pela petista a jornalistas, após visita ao ex-presidente Lula. Ele está preso na PF, em Curitiba, desde 7 de abril

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
julgamento de Lula no TRE4 – reunião PT
1 de 1 julgamento de Lula no TRE4 – reunião PT - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira (31/5) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está apto a fazer parte da corrida pela Presidência neste ano, como candidato do Partido dos Trabalhadores. “Ele tem condições de participar das eleições e ser eleito”, disse a jornalistas após visita a Lula. O petista está preso na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR) desde o mês passado.

Segundo Dilma, Lula está em “estado de indignação” por ter a ciência de foi condenado sem provas concretas. “A cada dia fica mais claro que ele é um preso político inocente, porque acusam o presidente de um apartamento que é de outrem”, afirmou. “Esta é a única candidatura capaz de barrar o golpe”, acrescentou a política em referência ao processo de impeachment que a tirou da presidência e deu lugar a seu vice, Michel Temer.

Ela também citou que as pesquisas de intenção de voto realizadas até o momento comprovam a capacidade de reeleição de Lula.

Questionada sobre sua eventual candidatura a uma cadeira no Senado, Dilma declarou que ainda está avaliando, pois observa esta questão como parte de processo mais extenso, envolvendo a estratégia do partido.

Petrobras
Na saída da visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff também contou a jornalistas que a situação da Petrobras foi uma das pautas de discussão entre os petistas. “Lula discutiu comigo como está sendo a destruição da maior empresa estatal brasileira”, afirmou.

Na ocasião, a ex-presidente destacou algumas diferenças entre as políticas de preço adotadas atualmente para o petróleo, de livre mercado, e as definidas em seu governo, consideradas mais restritivas.

“Se você deixar os preços fluírem de acordo com o andamento do mercado, você tem vários fatores capazes de influenciar”, disse Dilma. Dentre estes fatores, ela citou as tensões nos acordos firmados entre os Estados Unidos e o Irã, e a queda na produção da Venezuela que, segundo a petista, já esteve em 2,5 milhões de barris por dia e, atualmente, está em 1,5 milhão de barris por dia.

Os ajustes nas taxas de juros norte-americanos, responsáveis por fazer o dólar subir, configuram outra justificativa para que o “petróleo brasileiro não seja dolarizado”, afirmou.

Ela ainda criticou “o processo de privatização do refino” e acredita que esta seja uma ferramenta para “abrir o mercado brasileiro desnecessariamente à importação de petróleo”.

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