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Fachin abre inquéritos contra políticos e atinge governo Temer

Lista do ministro foi divulgada nesta terça (11/4) e inclui oito ministros de Temer. Presidentes da Câmara e do Senado também são citados

atualizado

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edson fachin
1 de 1 edson fachin - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Foi divulgada, na tarde desta terça-feira (11/4), a lista de políticos que tiveram pedidos de abertura de inquérito assinados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base nas delações premiadas de executivos e ex-integrantes da empreiteira Odebrecht. O rol atinge fortemente o governo do presidente Michel Temer (PMDB).

Entre os investigados, há oito ministros do governo Temer, 24 senadores e 39 deputados federais, incluindo os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional — Rodrigo Maia (DEM-RJ), da Câmara, e Eunício Oliveira (PMDB-CE), do Senado.

Ainda serão investigados três governadores — Renan Filho (PMDB-AL), Robinson Faria (PSD-RN) e Tião Viana (PT-AC) — e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho.

O grupo consta dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao STF com base nos depoimentos de 40 dos 78 delatores do Grupo Odebrecht.

Com a autorização da abertura de inquérito, o Ministério Público Federal coletará provas e indícios de que os parlamentares cometeram os crimes e apresentará a denúncia ao STF. Caso a denúncia da PGR seja recebida pelos ministros, os acusados passam à condição de réus.

O processo, no entanto, pode ser demorado. De acordo com o próprio STF, a Corte leva, em média, 565 dias para receber uma denúncia. Os casos referente à Lava Jato são analisados pela 2ª Turma.

Aécio, Jucá e Renan
Os senadores Aécio Neves (MG) e Romero Jucá (RR), respectivamente presidentes do PSDB e do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: cinco cada. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro.

Os crimes mais frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Há também menções a formação de cartel e fraude a licitações.

Entre os integrantes do governo Temer, serão investigados os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Padilha e Kassab responderão em duas investigações, cada.

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Citação a Temer
Michel Temer também é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas a Procuradoria-Geral da República não o inclui entre os investigados porque o presidente da República só pode ser investigado por crimes que decorram do exercício do mandato.

A PGR pediu, em 14 de março, a abertura de 83 inquéritos no STF e solicitou 211 declínios de competência para outras instâncias.

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