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Eduardo sobre futuro do pai: “Se for para a lua, vou com ele”

O filho do presidente Bolsonaro disse que a mudança do partido do pai é “provável” e que a maioria dos parlamentares do PSL deve ir com ele

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
1 de 1 Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), disse nesta segunda-feira (11/11/2019) que vai até para a “lua”com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) se assim ele escolher. A fala do deputado é em referência à troca de partido do pai, que pretende anunciar, nesta terça-feira (12/11/2019), a saída do PSL a deputados aliados. A futura sigla que o abrigará, contudo, ainda é desconhecida.

“Se ele for para a lua, eu vou com ele”, disse Eduardo. Segundo o parlamentar, Bolsonaro não oficializou ainda a notícia de que vai deixar a legenda. No entanto, disse que a mudança é “provável” e que a conclusão vai sair depois que houver uma conversa com os congressistas no Palácio do Planalto.

“Não posso confirmar. Mas o que tudo indica é que sim. Mas vamos ver e bater um papo com a maioria da bancada do PSL. Acredito que maioria vai com ele sim. Mas não é uma ditadura não. Quem quiser ficar no PSL, fica à vontade”, disse o deputado, em entrevista coletiva na Câmara.

A crise entre o chefe do Executivo federal e o partido é pública e Bolsonaro não tem tentado esconder a disposição em criar um novo partido. A troca por uma legenda já existente seria uma opção para Bolsonaro — uma vez que chefes do Executivo, além de senadores, não são enquadrados nas regras de fidelidade partidária.

A criação de uma sigla, porém, serve aos deputados federais e estaduais que gostariam de seguir Bolsonaro. Afinal, a legislação permite a estes parlamentares a troca a qualquer momento – se não for para uma legenda que esteja sendo criada.

Do zero
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem sinalizado que gostaria de criar um partido “do zero”, mas o Metrópoles já mostrou que a intenção de juntar pela internet as quase 500 mil assinaturas necessárias ainda não é possível.

A pedido de um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está avaliando a possibilidade de assinaturas digitais valerem como as físicas, mas a questão ainda aguarda julgamento e não há prazo para que isso ocorra.

Como Bolsonaro pretende ter o novo partido operando até março de 2020 — para que a sigla possa ter candidatos na eleição municipal de outubro —, outra opção seria embarcar em um partido que já esteja quase aprovado. Atualmente, tramitam no TSE 76 processos de criação de siglas.

Aliados
A opção pela criação de um novo partido dá a Bolsonaro a oportunidade de atrair não apenas a ala do PSL que está alinhada a ele, mas políticos de outros partidos aliados, como Novo, DEM e PL.

A reunião inicialmente seria apenas com a ala “bolsonarista” da bancada, mas, nesta segunda-feira (11/11/2019), parlamentares da ala “bivarista” também foram chamados — menos integrantes cuja relação está muito desgastada, como os deputados federais Delegado Waldir (GO) e Joice Hasselmann (SP).

 

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