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Doria se lança ao governo de São Paulo e evita confronto com França

Prefeito recuou dos ataques ao vice-governador, que também tenta ser o pré-candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes

atualizado

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Rafael Arbex/Agência estado
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1 de 1 COLETIVA_ONIBUS - Foto: Rafael Arbex/Agência estado

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que declarou nesta segunda-feira (12/3) estar na disputa do PSDB pela candidatura ao governo do Estado, evitou rivalizar com o vice-governador Márcio França (PSB), que também é pré-candidato à sucessão de Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes.

Doria disse que os dois palanques poderão eleger Alckmin para o Planalto. Segundo o prefeito, o canal de diálogo com Márcio França está “aberto” e que respeita o vice-governador. Também reforçou que não há “mal nenhum” na existência de dois palanques de Alckmin em São Paulo. “Juntos poderemos fazer, o objetivo maior é eleger Geraldo Alckmin presidente do Brasil”, declarou João Doria, em entrevista a jornalistas após ato que sacramentou sua inscrição para as prévias tucanas.

O prefeito repetiu que não quer ver um candidato de extrema esquerda e outro de extrema direita chegar ao segundo turno da eleição nacional.

Em discurso no encontro, Doria afirmou que o adversário do PSDB está “fora” do partido. Ele negou que tenha feito referência a Márcio França. Na semana passada, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, aliado de Doria, classificou o vice-governador como o “maior adversário do PSDB” na sucessão estadual. O prefeito da capital paulista enfatizou que o maior adversário é o PT.

As prévias tucanas serão realizadas em dois turnos, nos próximos dias 18 e 25. No encontro, Doria formalizou sua inscrição em documento assinado e entregue à direção estadual do partido. Estão inscritos formalmente no processo, além de Doria, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila e o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro. O ex-senador José Aníbal é outro que declarou ser pré-candidato, mas ainda não fez sua inscrição: o prazo termina nesta terça-feira (13).

Acusado pelos adversários internos de agir para que não houvesse debate nem prévias na disputa, Doria rebateu: “Não tenho medo das prévias, sou fruto das prévias”, discursou, lembrando sua eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2016. O prefeito declarou ainda não ter medo do debate, mas reforçou que o “o maior debate é com o povo de São Paulo.” No momento do ato que lançou a pré-candidatura de Doria, os outros pré-candidatos faziam um debate em uma universidade da capital.

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