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Demitido, ex-AGU diz que governo Temer quer “abafar a Lava-Jato”

No lugar de Fábio Medina Osório, assumirá Grace Maria Fernandes Mendonça

atualizado

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Jefferson/ Rudy/ Agência Senado
fábio medina
1 de 1 fábio medina - Foto: Jefferson/ Rudy/ Agência Senado

O ex-advogado-geral da União Fábio Medina Osório, demitido nesta sexta-feira (9/9), acusa o governo de tentar abafar a operação Lava-Jato. Ele deu entrevista à revista Veja, que será publicada neste fim de semana.

Fábio Medina Osório conta que foi demitido porque queria punir os aliados do governo Temer envolvidos no escândalo de corrupção na Petrobrás.

No lugar de Fábio Medina Osório, assumirá Grace Maria Fernandes Mendonça, que é a primeira mulher nomeada para chefiar um ministério na gestão de Michel Temer.

A demissão de Medina teria como um pano de fundo uma discussão entre ele e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que estaria insatisfeito com diversas ações dele no âmbito da AGU. Além disso, o ex-advogado-geral da União estaria com dificuldade para estabelecer diálogo com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo alvo também de inúmeras queixas internas, muitas delas levadas ao Palácio do Planalto.

Nota da AGU
Neste sábado (11), a AGU publicou nota sobre o caso. Confira a íntegra do documento:

“Diante das recentes notas e matérias em circulação na imprensa, a Advocacia-Geral da União, sob a condução da ministra Grace Maria Fernandes Mendonça, vem reafirmar seu irrestrito compromisso com a missão constitucional que lhe foi atribuída na qualidade de função essencial à Justiça, destacando que as atividades institucionais continuarão pautadas pelos mais elevados princípios constitucionais que norteiam a administração pública. 
 
As declarações veiculadas nos últimos dias, na verdade, atestam o total desconhecimento das rotinas e procedimentos internos da instituição na responsável condução dos trabalhos de defesa judicial e extrajudicial da União, em especial no tocante à defesa do patrimônio público e da probidade administrativa. 
 
A AGU reitera que a defesa do erário e o combate à corrupção, além da segurança jurídica aos seus órgãos assessorados, é e continuará sendo sua principal missão institucional.”

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