metropoles.com

Confira como será o roteiro de Bolsonaro na viagem a Israel

Acompanhado de comitiva, o presidente deixa o Brasil neste sábado (30/3). Ele demandou estudos para a instalação de escritório em Jerusalém

atualizado

Compartilhar notícia

Fernando Frazão/Agência Brasil
BolsoIsrael
1 de 1 BolsoIsrael - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou nesta sexta-feira (29/3) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) demandou estudos para a instalação de escritório de negócios em Jerusalém. O chefe do Executivo fará uma visita de quatro dias a Israel para estreitar relações com o país. Ele sairá do Brasil neste sábado (30/3) e retorna na quarta-feira (3).

Durante os quatro dias de viagem a Israel, o presidente será acompanhado por uma comitiva de ministros, parlamentares e auxiliares do governo e assinará acordos entre os dois países envolvendo diversas áreas. A previsão é de que Bolsonaro consolide tratativas envolvendo um acordo para cooperação entre institutos de ciência e tecnologia de ambos os países.

Farão parte da comitiva que segue para Israel, além de Bolsonaro, os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores); Bento Albuquerque (Minas e Energia); Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação); e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional (GSI)).

Quatro parlamentares também acompanharão o presidente: os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR); Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); Soraya Thronicke (PSL-MS); e a deputada Bia Kicis (PSL-DF). O tenente-brigadeiro Raul Botelho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), e o secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Jorge Seif Filho, também vão para Israel.

Ainda estão em negociação assinaturas de outros acordos, incluindo uma parceria em questões relacionadas a defesa, serviços aéreos e de cooperação em saúde e medicina, que devem vigorar entre 2019 e 2020. O Gabinete Institucional de Segurança (GSI) deve assinar parceria envolvendo questões de cybersegurança. Os pormenores, entretanto, não foram informados pelo Planalto.

Reunião com Netanyahu
Alguns dos eventos mais importantes programados na agenda de Bolsonaro, durante a visita, são a reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e visitas à Unidade de Contraterrorismo da Polícia israelense e à Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel.

O presidente também estará presente na Cerimônia de Condecoração da Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel com a Insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. De acordo com o porta-voz, militares israelenses que participaram das buscas em Brumadinho receberão medalhas de honra.

Não há previsão de que o deputado e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), acompanhe o pai nesta viagem. Eduardo já foi aos Estados Unidos e ao Chile, acompanhando a comitiva presidencial nas duas primeiras viagens internacionais feitas por Bolsonaro.

Questionado sobre a possível mudança da embaixada, de Tel Aviv para Jerusalém, o porta-voz afirmou que o que está em estudo pelo Planalto é a instalação de um escritório de negócios em Jerusalém. A mudança era uma das promessas de campanha do presidente. Após assumir, Bolsonaro chegou a repetir a possibilidade, mas a reação de países árabes, com os quais o Brasil tem relações comerciais, fez com que o governo recuasse das declarações.

Crise no MEC
O porta-voz também comentou a nomeação do novo secretário-executivo do Ministério da Educação. Enfrentando turbulências, a pasta ganhou um novo “número 2” após mais de 15 dias com o cargo vago. O tenente-brigadeiro Ricardo Machado Vieira foi nomeado ao posto nesta sexta-feira. Ele já fazia parte dos quadros da pasta e era chefe de gabinete no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC que cuida de compras de livros didáticos, transporte, merenda.

A nomeação, publicada no Diário Oficial da União (DOU), foi assinada por Bolsonaro após o presidente criticar publicamente o comando de Ricardo Vélez Rodriguez, dizendo que o chefe do MEC não tem “tato político”.

Segundo Rêgo Barros, Vieira foi indicado pelo ministro sem ingerência de Bolsonaro ou da ala militar do governo. Questionado se a nomeação do militar na pasta seria uma “intervenção branca”, o porta-voz repetiu o discurso de que o novo secretário-executivo foi escolhido por Vélez, que identificou que Vieira iria “somar à equipe” do MEC.

Compartilhar notícia