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Centrais sindicais divulgam nota de repúdio a Bolsonaro

Assinado por seis entidades, texto chama presidenciável do PSL de “antitrabalhadores” e alerta para “ameaça de retorno à ditadura”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro Camapnha
1 de 1 Bolsonaro Camapnha - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Representantes de seis centrais sindicais divulgaram neste sábado (22) uma nota de repúdio ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. O texto, intitulado “Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro”, é assinado por representantes da Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical, Intersindical e Conlutas.

A nota classifica Bolsonaro como “antitrabalhadores” e repudia o candidato do PSL “por sua postura antidemocrática, intolerante com minorias, que faz apologia da violência, e pela sua conivência com práticas repugnantes, como a defesa de torturadores”. Para os sindicalistas, a eleição de Bolsonaro pode representar “ameaça de retorno à ditadura militar”.

Leia a íntegra da nota das centrais sindicais:

Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro

Nós, sindicalistas brasileiros, das mais variadas tendências, que apoiamos candidatos de diversos partidos na próxima eleição presidencial, repudiamos o candidato Jair Bolsonaro.

Repudiamos por sua já conhecida postura contra a organização sindical, portanto, antitrabalhadores, por sua postura antidemocrática, intolerante com minorias, que faz apologia da violência, e pela sua conivência com práticas repugnantes, como a defesa de torturadores.

O horizonte que ele nos apresenta é de um país marcado pela exploração do trabalhador, pela violência, pelo racismo, pela discriminação, pela repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional, pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na Constituição, e ameaça de retorno à ditadura militar.

E nossa luta, como sindicalistas, é justamente o oposto disso: queremos um país com geração de empregos, trabalhadores valorizados e com poder aquisitivo, com licença-maternidade, férias, décimo-terceiro salário, com a PEC das Domésticas, com aposentadoria e respeito aos aposentados, valorização dos servidores públicos, um país marcado pela convivência pacífica e produtiva entre pessoas das mais diversas raças, origens, gêneros e culturas. Queremos um Estado laico e, sobretudo, respeito aos direitos sociais e democráticos garantidos pela Constituição e à soberania nacional.

Por eleições democráticas e por dias melhores para o Brasil, conclamamos a que todos digam não a Bolsonaro.

São Paulo, 22 de setembro de 2018

Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

José Avelino Pereira, Chinelo, presidente interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

Moacyr Auersvald, secretário-geral da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

Edson Índio, secretário-geral da Intersindical

Nilza Pereira, da Direção Nacional da Intersindical

Atnagoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

Joaninha de Oliveira, Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

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