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Bolsonaro sobre conta de luz das igrejas: “Tudo cai no meu colo”

Presidente mostrou resistência em assinar decreto que concede subsídios a templos religiosos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Bolsonaro no Alvorada
1 de 1 Bolsonaro no Alvorada - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mostrou novamente resistência em assinar um decreto que concede subsídios do governo federal para contas de energia elétrica de templos religiosos. A medida atende à pressão da bancada evangélica.

O coordenador da frente, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), participará de uma reunião com o presidente, no Ministério de Minas e Energia, na manhã desta quarta-feira (15/01/2020). Esse será um dos pontos da conversa que contará com a presença do ministro Bento Albuquerque.

“Se for discutido, a gente decide. Depende de um decreto meu. Agora, tudo cai no meu colo, tudo. E só vale depois que eu assinar. O Brasil é o país dos subsídios, 4% do PIB vai para subsídios. A gente pretende, já sinalizamos, queremos botar um ponto final nisso”, disse o presidente.

Apesar de a medida ser defendida pela área de Minas e Energia, a equipe econômica do governo mostrou-se contrária à concessão do subsídio.

Na entrevista, o presidente reforçou os argumentos apresentados pela área da economia de necessidade de colocar fim a esses subsídios pelo governo. “Temos a decisão também na semana que vem sobre os concentrados da Zona Franca de Manaus, que está sendo discutido esse assunto também. Agora, nosso caminho é a liberdade econômica, livre mercado, é uma economia completamente diferente do que vinha sendo adotada nos últimos anos”, destacou.

Ao ser questionado se estaria propenso a assinar o decreto, Bolsonaro, mais uma vez, deixou o assunto em dúvida. “Ô, rapaz, eu estou apaixonado por você, eu estou propenso a casar contigo, pô? Apaixonado é uma coisa, casar é outra. O casamento é com a assinatura. Até o altar ali, o padre pergunta: ‘Quem concorda, quem está contra fala agora ou cale-se para sempre’. Pode deixar que a decisão a gente sempre procura atender a toda a sociedade”, finalizou.

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