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Bolsonaro chega a Buenos Aires: primeira parada é na Praça San Martín

A próxima agenda será na Casa Rosada, sede do governo argentino, com o presidente do país vizinho, Mauricio Macri. Um dos assuntos do encontro entre os chefes de Estado é o Mercosul

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviada especial a Buenos Aires – O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), desembarcou na Base Aérea Militar de Buenos Aires, na Argentina, por volta das 10h30 desta quinta-feira (06/06/2019). Logo depois, dirigiu-se à Praça San Martin, no centro da Cidade, cenário de importantes fatos históricos da capital argentina.

No local, o chefe do Executivo brasileiro participou de uma cerimônia de oferenda floral. A próxima agenda será na Casa Rosada, sede do governo, com o presidente do país vizinho, Mauricio Macri. Um dos assuntos do encontro é o Mercosul.

A um mês da reunião de cúpula do bloco, a tendência é de que eles discutam formas de enxugar ainda mais o grupo comercial e flexibilizar algumas regras que impedem os países-membros de negociar acordos individualmente com nações de outros continentes.

No fim dessa quarta (05/06/2019), o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu se juntar ao presidente na visita à Argentina. Ele acompanhará Bolsonaro em todas as agendas, apesar de o ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, não estar em Buenos Aires. No ano passado, Guedes disse a jornalistas que o “Mercosul não é importante”. Mas, nesta quinta-feira, o economista será obrigado a falar profundamente sobre o bloco comercial.

Entenda
O Palácio do Planalto tem dito que a Argentina é um dos mais importantes parceiros estratégicos do Brasil. Para o governo federal, um sinal dessa relevância é o fato de o presidente Mauricio Macri ter sido o primeiro chefe de Estado recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda em janeiro deste ano.

A ida do mandatário brasileiro ao país vizinho visa aprofundar a agenda na qual ambos os presidentes começaram a trabalhar em janeiro. Assim, no decorrer da visita, Bolsonaro acredita que os dois terão a oportunidade de debater sobre algumas áreas, como integração econômica, energia, ciência e tecnologia, defesa e assuntos regionais.

O Brasil tem a Argentina como o terceiro maior sócio comercial e figura como o maior parceiro econômico para os vizinhos. Em 2018, o fluxo comercial atingiu US$ 26 bilhões. O intercâmbio entre os países é constituído por mercadorias de alto valor agregado: 93% das exportações brasileiras para a Argentina são de produtos industrializados e 80% das exportações argentinas para o Brasil também se encaixam na mesma categoria. No que tange a investimentos, há US$ 10 bilhões argentinos investidos no Brasil e US$ 16 bilhões brasileiros na Argentina.

Protestos
Aliados de Mauricio Macri temem que a chegada de Bolsonaro, tido como extremista por setores da sociedade argentina, possa significar perda de apoio popular ao candidato à reeleição. Entidades sindicais convocaram manifestações em repúdio à visita do presidente brasileiro. A mais significativa delas deve ser mesmo o ato “Argentina Rechaza Bolsonaro”, marcado para as 18h, na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada — residência oficial do presidente argentino.

Nessa mesma hora, Bolsonaro estará reunido com empresários brasileiros e argentinos em um hotel. Logo depois, às 19h, fará a live semanal nas redes sociais para contar detalhes dos encontros do dia em solo argentino. A volta ao Brasil está marcada para o início da manhã desta sexta-feira (07/06/2019).

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