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Após reação de caminhoneiros, Eunício volta ao DF e convoca reunião

Presidente do Senado, que havia viajado para o Ceará na manhã desta quinta, encontrará senadores no início da noite no Congresso Nacional

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após reações negativas da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e demais entidades, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), decidiu voltar a Brasília, na tarde desta quinta-feira (24/5). Ele viajou para o Ceará, seu estado de origem, pela manhã, em meio à paralisação de caminhoneiros que já atinge 24 unidades da federação.

A informação foi divulgada no Twitter oficial do Senado e de Eunício Oliveira.

Em conversa com jornalistas, na manhã desta quinta, o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, irritou-se ao saber da viagem do emedebista ao Ceará. “Se ele foi pra lá, é porque quer ver o circo pegar fogo”. E emendou: “Em uma escala de 0% a 100%, a chance de interromper a mobilização hoje é de 5%”. A entidade representa em torno de 700 mil motoristas, mais da metade do total do país.

“Fiquei com um sentimento de revolta. Nas entrevistas, apareceram os presidentes da Câmara e do Senado bonitinhos em frente às câmeras prometendo resolver a questão. Agora, um agiu (para aprovar) e outro já está na casa dele tomando ‘uisquinho’ com água de coco, enquanto a gente está aqui comendo o pão que o diabo amassou”, protestou Fonseca.

Mais cedo, pelo Twitter, Eunício informou que sairia de Brasília para cuidar de compromissos em seu estado, o Ceará. Em parceria com o governador Camilo Santana, anunciou a liberação de recursos para criação do programa de cisternas, medida adotada para “garantir o abastecimento de água a milhares de famílias.”

Na noite desta quarta-feira (23/5), a Petrobras anunciou redução do preço do diesel em 10% e a manutenção desses valores por 15 dias. De acordo com posicionamento da estatal, a partir da medida, a diminuição média será de R$ 0,23 por litro nas refinarias, resultando numa queda média de R$ 0,25 por litro nas bombas dos postos de combustível.

Uma reunião entre representantes dos caminhoneiros e do Palácio do Planalto está marcada para as 14h desta quinta. O encontro foi agendado pelo governo após uma conversa na quarta-feira (23) não ter gerado resultado.

Quarto dia de protestos 
A paralisação nacional dos caminhoneiros chegou ao seu quarto dia e já compromete serviços como os de aviação, correios, venda de combustíveis automotivos, além dos comércios atacadista e varejista. No Distrito Federal, distribuidoras já estão desabastecidas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), utilizado na cozinha.

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