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Aliado de Bolsonaro pede que PGR investigue advogados de agressor

Para Major Olimpio, mesmo que Adélio Bispo de Oliveira já esteja na mira da PF, a contratação da defesa dele gera questionamentos

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro
1 de 1 Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado federal e candidato ao senado por São Paulo (SP), Major Olimpio (PSL), aliado do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, enviou pedido a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, – autor do golpe de faca que atingiu o parlamentar na última quinta-feira (6/9) –, seja investigada, para saber a origem dos recursos que estão financiando os advogados do acusado. Ele também recorreu ao presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, com a mesma intenção.

Para Olimpio, mesmo que Adélio já esteja sob investigação da Polícia Federal (PF), há outro fato que chama a atenção: “a defesa do réu confesso”. No pedido, o parlamentar afirma querer saber quem contratou Zanone Manuel de Oliveira Júnior e Fernando Costa Oliveira Magalhães, que defendem o agressor de Bolsonaro.

Nesta semana, Zanone disse que foi contratado por uma congregação religiosa de Montes Claros, no norte de Minas. Representantes do Evangelho Quadrangular e Testemunhas de Jeová afirmam que não financiaram defesa de Adelio Bispo. 

“Excelência, apesar de estar confusa e contraditória a origem da contratação para o serviço de defesa do indiciado, foi deixado bem claro por uns dos patronos que o valor percebido é um “valor irrisório”, e se assim o é, como é possível a contratação de advogados renomados do Estado de Minas Gerais, com recursos suficientes para pagar a locomoção de todos para a audiência de custódia do Indiciado, inclusive com aeronave?!”, questionou o Major Olimpio a PGR.

Mais cedo, representantes da Igreja do Evangelho Quadrangular e Testemunhas de Jeová de Montes Claros (MG) negaram estar financiando a defesa de Adelio, agressor de Bolsonaro. “Isso não existe. Não tem cabimento”, disse o pastor Antonio Levi de Carvalho, superintendente da Igreja do Evangelho Quadrangular.

O parlamentar ainda mostrou indignação com ataque ocorrido durante agenda do presidenciável em Juiz de Fora (MG). “A tentativa de homicídio cometida por Adélio Bispo de Oliveira representou não só uma atitude criminosa e absurda contra um ser humano, mas também um atentado contra a própria Democracia e o Estado de Direito, já que se deu por razões de divergências políticas, contra um presidenciável representante de milhões de brasileiros, primeiro colocado em todas as pesquisas eleitorais”, diz trecho da manifestação.

Ataque
O presidenciável sofreu o ataque na última quinta-feira (6), no meio de uma multidão de apoiadores, durante ato de campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). O acusado pelo atentado, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, alegou ter “cumprido ordem de Deus”. O agressor foi contido e preso em flagrante. No sábado (8), o homem foi levado para um presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).

 

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