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Polícia investiga se Queiroz e Adriano foram cúmplices em execução no Rio

Ministério Público deu 90 dias para concluir a apuração de caso ocorrido em 15 de março de 2003, na Cidade de Deus

atualizado

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Reprodução/TV SBT
FABRIO-QUEIROZ SBT
1 de 1 FABRIO-QUEIROZ SBT - Foto: Reprodução/TV SBT

O ex-assessor Fabrício Queiroz e o capitão Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro deste ano, são investigados por um crime em comum: a execução de um morador da Cidade de Deus, bairro da zona oeste do Rio, ocorrido em 15 de março de 2003. A retomada das investigações foi noticiada neste domingo (12/7) pelo programa Fantástico, da TV Globo.

A vítima é Anderson Rosa de Souza, um homem negro de 29 anos, que morava na comunidade. De acordo com a reportagem, há 17 anos a investigação não avança na polícia do Rio e não foram feitas as perícias necessárias. Agora, o Ministério Público do Rio de Janeiro exigiu que a apuração seja feita, e deu 90 dias para a conclusão dos trabalhos.

Ligado ao presidente Jair Bolsonaro e ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz é apontado pelo MPRJ como operador financeiro da suposta prática de rachadinha que teria vigorado no gabinete do então deputado estadual Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em 2003, Queiroz era segundo sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Já Adriano era apontado como chefe do chamado Escritório do Crime. Na época do assassinato, ele era tenente da PM e trabalhava com Queiroz no 18º Batalhão da PM, na zona oeste.

Na época, a versão contada na delegacia por Adriano e Queiroz divergem de relatos dos moradores. Os dois afirmaram que, ao fazer uma incursão em um ponto de venda de drogas, foram recebidos a tiros e revidaram para se proteger.

Com isso, um homem foi baleado e morreu. Já relatos de moradores da comunidade indicam que Anderson foi executado com três tiros de fuzil enquanto estava ajoelhado, clamando para não ser morto. Na época, Queiroz e Adriano devolveram os fuzis que utilizaram na operação.

Ao verificar a situação, o promotor Cláudio Calo Sousa, que assumiu a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial em março, determinou uma série de diligências para a retomada do caso, no último dia 3 de julho.

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