Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira (18/06). Ele estava em Atibaia (SP), na região do Vale do Paraíba, em um imóvel do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
A Operação Anjo, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP), foi a responsável pela prisão do ex-assessor.
Além do mandado de prisão, os agentes fizeram busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça do Rio de Janeiro.
Um dos endereços alvo da operação fica em Bento Ribeiro, na zona norte do Rio de Janeiro, onde vive Alessandra Esteves Marins, ex-assessora de Flávio.
Além de Alessandra, o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho, a ex-funcionária da casa Luiza Paes Souza e o advogado Luis Gustavo Botto Maia são alvo de mandados de busca.
Após passar pelo Instituto Médico Legal (IML) em São Paulo, Queiroz foi transferido de helicóptero para o Rio de Janeiro, onde corre a investigação. Ele estava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, e foi levado ao Aeroporto do Campo de Marte.

O ex-assessor Fabrício Queiroz é investigado pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de rachadinha.Reprodução/TV SBT

Wassef representa Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”Rafaela Felicciano/Metrópoles

Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o seu ex-chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, Fabrício QueirozFacebook/ Reprodução

Fabrício Queiroz, nome ligado à família BolsonaroReprodução/TV SBT

Logo após a operação Furna da Onça ser revelada, Queiroz foi internadoYouTube/Reprodução

Queiroz e Márcia são investigados pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de rachadinha

Queiroz com o senador Flávio Bolsonaro e Reprodução

Queiroz é ex-assessor de Flávio BolsonaroREPRODUÇÃO
Queiroz é suspeito de participar de um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no então gabinete de Flávio Bolsonaro. Segundo relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o policial militar aposentado movimentou R$ 1,2 milhão de forma “atípica”.
As investigações do caso começaram em 2018 no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), após a divulgação dos dados pelo Coaf. Em uma delas, o órgão de controle encontrou um cheque de R$ 24 mil que teria sido depositado na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Para tentar interromper as investigações, Flávio Bolsonaro foi ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2019, o ministro Luiz Fux acolheu o pedido do senador e decidiu suspender o caso ao entender que os dados do Coaf não poderiam ter sido obtidos pelo MP sem autorização judicial.
O ministro Marco Aurélio, no entanto, reverteu a decisão e negou pedido do parlamentar para que a investigação deixasse a primeira instância judicial.