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Doria lamenta mortes de Paraisópolis e exige “apuração rigorosa”

Pânico devido a perseguição policial em baile funk resultou na morte de nove pessoas pisoteadas

atualizado

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Leo Franco / AgNews
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1 de 1 70b8d87c-3b4d-4158-997d-9b65b9094a54 - Foto: Leo Franco / AgNews

O governador de São Paulo, João Doria, lamentou as mortes ocorridas durante a Operação Pancadão, da Polícia Militar de São Paulo, na madrugada deste domingo (01/12/2019). Se acordo com o governador, ele determinou ao secretário de Segurança Pública de São Paulo, General Campos, a apuração rigorosa sobre as circunstâncias em que as mortes ocorreram.

“Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio”, disse Doria por meio de sua conta no Twitter.

Na tarde deste domingo, seis policiais militares que participaram da operação, que teve como alvo o Baile da 17, na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, estão sendo ouvidos. A operação gerou pânico entre os frequentadores do baile e 9 pessoas acabaram morrendo após serem pisoteadas ao tentarem fugir da polícia.

Além dos mortos, várias outras pessoas ficaram feridas, sendo que duas delas continuam internadas ainda em estado grave. Após a operação, 20 pessoas foram atendidas em unidades de saúde próximas.

Até o momento, a versão contada pela PM é de que os policiais foram recebidos com pedradas e garrafadas. Já os moradores da região próxima ao bairro relatam que a polícia fez uma emboscada em uma das vielas do bairro, gerando tumulto e as mortes.

Mais cedo, o porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, tenente-coronel Emerson Massera, concedeu entrevista coletiva para explicar a ação. Segundo ele, a ação dos policiais teve início após flagrarem dois homens em uma moto em atitude suspeita. Então, os suspeitos fugiram dos PMs, que iniciaram uma perseguição. Ao chegarem em um baile, os homens teriam entrado no meio da multidão, que, segundo o porta-voz, atacou os policiais.

 

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