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Planalto: Greenpeace leva óleo e árvores queimadas para protesto

A manifestação do grupo ambientalista ocupou duas faixas da via em frente à sede do governo

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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1 de 1 óleo-manifestação - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Em protesto contra a política antiambiental do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o grupo Greenpeace levou troncos de árvores queimadas e petróleo que atingiram praias do Nordeste para a frente do Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (22/10/2019). A manifestação ocupou duas faixas da via em frente à sede do governo.

Veja imagens da manifestação:

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“Este é um protesto contra a política antiambiental e de desmonte da proteção e da gestão ambiental no Brasil que vem sendo promovida pelo governo Bolsonaro desde o início do mandato”, explicou Thiago Almeida, porta-voz do movimento para questões sobre clima e energia.

Segundo ele, o governo incentivou as queimadas na Amazônia e demorou para adotar medidas para proteger a floresta e agora, está agindo de forma insuficiente, ineficiente e desordenada para limpar as praias do Nordeste, atingidas por manchas de óleo.

“As consequências a gente já vê. Desde o incentivo e a demora em agir do governo diante das queimadas na Amazônia até essa demora inaceitável em agir nas manhas de óleo no Nordeste. Demorou para agir e está agindo agora de maneira insuficiente, ineficiente e desordenada. Por causa disso, quem está colocando a mão na massa e fazendo o trabalho que era para ser do governo é a população”, completou.

O “óleo” utilizado na instalação é simbólico, feito com uma mistura de água, tapioca e corante. Mesma mistura utilizada nos troncos para dar um aspecto de queimado. Os manifestantes vestiam camisas e espalharam placas em frente ao Planalto com a inscrição: “Um governo contra o meio ambiente”.

O Greenpeace chegou a ser provocado na semana passada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ao mostrar o trabalho de voluntários nas ações de limpeza das praias nordestinas, Salles exibiu um vídeo do porta-voz do movimento, no qual ele cobrava ação das autoridades competentes.

“O Greenpeace ‘explicou’ porque não pode ajudar a limpar as praias do Nordeste…. ahh tá…”, provocou o ministro.

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