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Planalto diz que venda do controle da Embraer não é cogitada

Em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (22/12), o peemedebista disse, porém, que parceria com a Boeing é bem-vinda

atualizado

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Embraer
1 de 1 Embraer - Foto: Divulgação

Em meio ao anúncio de negociações entre a Embraer e a norte-americana Boeing, o presidente Michel Temer (PMDB/SP) disse que a transferência de controle da empresa brasileira não é cogitada. Em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (22/12), o peemedebista afirmou, porém: toda parceria é bem-vinda.

“A participação estrangeira na Embraer é muito intensa. Se, nesta altura, ampliasse a participação estrangeira, tanto melhor. Mas não há a menor cogitação de vendermos o controle para outra empresa”, afirmou.

Questionado se o governo utilizará o poder da “golden share” para vetar a operação, Temer disse que o assunto ainda não chegou oficialmente a seu gabinete. “Quando chegar a mim, examinarei”.

Nas declarações, o governo se preocupou em deixar as portas abertas à parceria – e aos prováveis investimentos oriundos dela –, mas frisou que a transferência de controle não é possível, pela participação da Embraer em decisões estratégicas para a defesa e soberania nacional. “Evidentemente que a injeção desse capital será muito bem-vinda, mas não se examina a questão da transferência”, reforçou Temer.

Negociações
De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, também presente no café da manhã, a Boeing procurou a Embraer para negociações em um contexto de reestruturação global da indústria aeronáutica, que levou, por exemplo, à associação entre a Air Bus e a Bombardier. Ainda segundo ele, com exceção da venda do controle, toda parceria é bem-vinda.

“Nossa posição é favorável a essa e outras parcerias”, afirmou. “Entretanto, nós temos a exata compreensão de que a Embraer, por ter forte componente de defesa, sua venda e a transferência de controle acionário desserve o interesse e soberania nacional”.

Jungmann frisou não se tratar de nacionalismo e que este é um governo “pró-mercado”, mas, nesse caso, a transferência do controle passaria a uma empresa estrangeira o comando sobre decisões estratégicas, como em projetos de construção de caças e dos supertucanos. “Esse núcleo de tecnologia, inovação e investimento está relacionado à soberania nacional, e nenhum país abre mão disso”, completou.

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