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“Pintou um clima”: TSE arquiva ação de Bolsonaro contra Lula

Corregedor do TSE, ministro Bento Gonçalves afirmou que fala de Bolsonaro foi um “fato incontroverso”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Montagem colorida com imagens de Lula e Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Montagem colorida com imagens de Lula e Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro Bento Gonçalves, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), arquivou nesta quarta-feira (1º/3) uma ação apresentada pela coligação da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O argumento era de que a campanha do petista fez uso indevido dos meios de comunicação por fazer referência ao episódio em que Bolsonaro afirmou ter “pintado um clima” com meninas venezuelanas.

Apesar da defesa do ex-presidente argumentar que o PT utilizou uma fala “gravemente descontextualizada”, Bento Gonçalves entendeu que o que foi dito por Bolsonaro é um “fato incontroverso” que mobilizou “críticas incisivas” e despertou comoção nas redes sociais.

“Aspecto relevante é que a existência da entrevista é admitida pelos autores, que, inclusive, transcrevem na petição inicial o teor do que foi dito por Jair Bolsonaro, classificando a fala como ‘uma expressão quando muito infeliz’. Há, portanto, um fato incontroverso, que são os dizeres do Presidente da República, apto a despertar comoção nas redes sociais e levar pessoas a opinarem de diversas formas, inclusive exarando críticas incisivas”, destaca Bento Gonçalves.

A ação tinha como alvo publicações no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube. Entre os perfis mencionados, estão o do influenciador Felipe Neto, a apresentadora Paolla Carosella e o deputado federal André Janones (Podemos).

Para o corregedor, os autores das publicações esclareceram que estas se espalharam de forma orgânica “e não relatam qualquer ato coordenado concreto entre os autores das postagens. Esse cenário não dá suporte à alegação de que houve uma atuação orquestrada”, escreveu Gonçalves. O ministro afirmou ainda que o conhecimento em engajamento nas redes sociais por parte dos citados “não comporta o salto lógico de tomar a crítica por eles feita ao candidato investigante como elemento que os insira em uma rede de desinformação organizada pelos investigados”.

Durante a campanha, o ministro Alexandre de Moraes chegou a pedir que as redes sociais removessem publicações relacionadas ao episódio e vetou que a campanha petista continuasse a citar a fala de Bolsonaro em podcast.

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