metropoles.com

PGR denuncia mais 150 pessoas por atos golpistas de 8 de janeiro

Ao todo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já apresentou 254 denúncias contra acusados de participar dos atos golpistas em Brasília

atualizado

Compartilhar notícia

Luís Nova/Especial Metrópoles
Paralmentares de direita

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta sexta-feira (27/1), mais 150 suspeitos de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, um dia após as manifestações antidemocráticas. Eles são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais. A PGR também pede que os crimes sejam considerados de forma autônoma e as penas, somadas.

Todos os acusados na denúncia apresentada nesta sexta estão presos preventivamente após passar por audiência de custódia. Ao todo, o órgão já apresentou 254 denúncias sobre os atos golpistas.

O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, afirma no documento que o acampamento no QG demonstrava “uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos bolsonaristas que defendiam tomar o poder.

Segundo a denúncia enviada ao STF, a estrutura funcionava como uma espécie de vila, com local para refeição, feira, transporte, atendimento médico e atividades de lazer.

Terrorismo

Em documento que acompanha a denúncia, o subprocurador destaca que não é possível enquadrar os manifestantes antidemocráticos no crime de terrorismo. Isso porque, em lei aprovada no Congresso Nacional, o terrorismo é caracterizado como ato praticado em razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião.

“Não faz parte dos tipos penais o cometimento de crimes, por mais graves que possam ser, por razões políticas”, afirma.

O documento ressalta ainda que há a possibilidade de oferecer novas denúncias, caso sejam encontrados outros crimes ao desenrolar das investigações.

Além da condenação por associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas, a PGR pede o pagamento de uma indenização mínima, “ao menos em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações