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PF investigará se houve racismo em abordagem durante voo de deputado, diz Dino

Deputado Renato Freitas, homem negro, publicou um vídeo nas redes sociais em que é retirado da aeronave para inspeção aleatória da PF

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
foto colorida do ministro Flávio Dino de terno, mãos levantadas, em reunião no STF sobre Marco Civil da Internet
1 de 1 foto colorida do ministro Flávio Dino de terno, mãos levantadas, em reunião no STF sobre Marco Civil da Internet - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), anunciou, nesta quinta-feira (11/5), a abertura de processo administrativo na Polícia Federal (PF) para investigar se houve racismo contra o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) durante abordagem em voo.

O parlamentar paranaense publicou um vídeo nas redes sociais em que mostra o momento da abordagem dos agentes federais antes da decolagem do avião em que estava, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Os policiais declararam que o deputado tinha sido escolhido de forma aleatória para passar por uma inspeção de rotina.

Renato Freitas é um homem negro e diz que apenas ele foi retirado do avião para inspeção alatória da Polícia Federal.

“A investigação é sobre isso, para saber se de fato essas fiscalizações são aleatórias, mesmo, ou não. E, nesse caso particular, sobretudo. Se há essa aleatoriedade ou se é racismo”, declarou Flávio Dino em entrevista ao UOL.

“Infelizmente, nós temos uma sociedade em que o racismo é entranhado em todas as instituições. Eu não posso nem afirmar nem descartar porque o fato foi ontem e, hoje, com certeza, essa inquirição está sendo feita para que tenha um esclarecimento definitivo da Polícia Federal na parte que a cabe. A parte anterior, aquela do portal, do raio-x, não é gerenciada pela PF e, sim, por uma normatividade da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) “, completou Dino.

Abordagem da Polícia Federal

Vídeo publicado por Renato Freitas mostra o momento em que o parlamentar é retirado do avião para passar por uma inspeção aleatória da PF. Nas imagens, é possível ver o momento em que o parlamentar questiona os agentes sobre o procedimento e o motivo pelo qual apenas ele foi escolhido.

Logo após o procedimento, o deputado estadual retorna para a aeronave.

“Bando de racistas, ignorantes. Tudo certo? Sim, tirando o fato de ser humilhado. Todo mundo passa por isso? Quantas pessoas desse voo saíram no meio do voo escoltados pela Polícia Federal para ser revistado?”, questionou Renato durante o vídeo.

Em nota, a Polícia Federal informou que o parlamentar se recusou a passar pelo procedimento no local indicado e seguiu para a aeronave.”Dessa forma, a equipe de inspeção do aeroporto acionou a PF para que a acompanhasse até o avião e procedesse à inspeção devida”, escreveu a corporação em nota.

“A Polícia Federal esclarece que todos os procedimentos foram realizados em conformidade com a resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ressalta ainda que eventuais abusos ou falhas na condução do procedimento serão devidamente apurados”, acrescentou a PF.

O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do deputado estadual, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

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