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PF faz operação e prende assessor do ex-governador Sérgio Cabral

A prisão ocorreu no começo da tarde desta quinta-feira (2/2) na Via Dutra, durante desdobramento da Operação Calicute

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quinta-feira (2/2), uma operação vinculada à Lava-Jato, no Rio de Janeiro. Foram sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão em mais um desdobramento da Operação Calicute.

O principal alvo era Ary Ferreira da Costa Filho, considerado um dos principais operadores financeiros do esquema envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral. Os agentes realizaram buscas em 10 endereços, mas não o encontraram. No começo da tarde desta quinta, porém, Ary foi preso  na Via Dutra.

De acordo com informações do G1, Ary, que é suspeito de lavagem de dinheiro, estava sozinho num carro e foi parado na altura de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Ele vai ser levado para a sede da Polícia Federal, depois de uma longa manhã de buscas em endereços onde ele poderia estar.

Segundo as investigações, em 1996, Filho começou a trabalhar em cargo comissionado no gabinete do Cabral e passou por várias secretarias quando o político estava à frente do governo do estado. Ary permaneceu no governo de Luiz Fernando Pezão.

Atualmente, Ary está cedido para a Procuradoria-Geral do Estado.

Essa já é a terceira operação policial contra o esquema de corrupção do grupo supostamente liderado por Sérgio Cabral e que teria arrecadado milhões em propinas de obras de grandes empreiteiras com o Estado no período em que o político foi governador do Rio, de 2007 a 2014. A operação foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.

Ao menos nove acusados de atuarem como operadores financeiros do esquema de Cabral, entre doleiros e responsáveis por cobrar e transportar os pagamentos ilícitos, já foram presos pela PF no Rio desde que a Operação Calicute foi deflagrada, no dia 17 de novembro de 2016. Entre eles o próprio ex-governador, a mulher dele e o empresário Eike Batista.

Esquema
De acordo com os procuradores, Cabral pedia 5% de propina de todos os contratos assinados com o governo do estado. O pedido era intermediado pelo o secretário Wilson Carlos e a função de Ari era entregar o dinheiro lavado por falsas consultorias, prestadas por uma empresa. Segundo as contas dos investigadores, Filho teria movimentado cerca de R$ 8 milhões.

Ao pedir a prisão do assessor de Cabral, os procuradores informaram que ele entregava dinheiro para dono de concessionárias de veículos, que contratavam serviços de consultoria da empresa de Carlos Miranda, que também é operador de Sérgio Cabral nesse esquema. Quem delatou o esquema foi Adriano Reis, dono de uma dessas concessionárias. Uma imobiliária também era usada para ocultar o patrimônio de Ari.

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