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PF deflagra operação para investigar subsidiárias da Petrobras

Segundo investigadores, o Grupo Odebrecht teria pago recursos indevidos para ser favorecido em contratos com a estatal

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (21/6) no Paraná, a Operação Greenwich, 52ª fase da Lava Jato. As investigações apuram a prática de crimes contra subsidiárias da Petrobras, como a Petrobras Química S/A – Petroquisa.

O ex-diretor da Petroquisa, subsidiária da Petrobras, Djalma Rodrigues de Souza foi preso preventivamente. Seu filho, Douglas de Souza, deve se entregar durante a tarde e ficará preso temporariamente, por cinco dias, para evitar ocultação e destruição de documentos.

Quarenta policiais federais cumprem 11 ordens judiciais – um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão. As medidas estão sendo cumpridas nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Timbaúba, as duas últimas em Pernambuco.

Em nota, a PF afirma que “o esquema criminoso identificado em várias oportunidades em contratações da Petrobras se repetiu também em suas subsidiárias. As informações e provas reunidas até o momento demonstram que o Grupo Odebrecht foi favorecido na obtenção de contratos, em troca de repasses de recursos a funcionários da empresa, quer seja através da entrega de valores em espécie, quer seja através de remessas para contas bancárias estabelecidas no exterior”, informa a PF.

“As contratações eram direcionadas com o estabelecimento de parâmetros que só poderiam ser atendidos por empresas do Grupo Odebrecht”, afirma a Federal.

O nome atribuído à operação policial, Greenwich, remete a uma das contas bancárias mantidas no exterior e destinada ao recebimento de valores indevidos e transferidos pelo grupo Odebrecht a funcionários de subsidiárias da Petrobras em troca da “defesa” de interesses do grupo empresarial nas contratações

As investigações apontam para a prática de diversos crimes como a fraude em processos de contratação das empresas das subsidiárias da Petrobras em favor da Odebrecht, corrupção, crimes financeiros e lavagem de ativos.

Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição do Juízo da 13ª Vara Federal.

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