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PF cumpre mandados contra o ex-governador tucano Teotônio Vilela Filho

Ação é decorrência das investigações sobre “atos ilícitos” praticados durante a obra do Canal do Sertão, contratada na gestão do PSDB

atualizado

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Divulgação/PSDB
teotônio vilela
1 de 1 teotônio vilela - Foto: Divulgação/PSDB

A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (30/11), mandados de busca e apreensão contra o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB). Outros alvos da Operação Caribdis são o ex-secretário de Infraestrutura do estado, Marco Fireman, além de pessoas ligadas a empresas e órgãos públicos.

A ação é decorrência das investigações sobre “atos ilícitos” praticados durante a obra do Canal do Sertão, entre 2009 e 2014, contratada durante a gestão do tucano.

A obra, com 250km de extensão, tem o objetivo de levar água para cerca de um milhão de pessoas em 42 municípios de Alagoas. O investimento total é de R$ 1,5 bilhão.

O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e foi citado nas delações de ex-funcionários da Construtora Norberto Odebrecht. O Tribunal de Contas da União (TCU) também detectou indícios de sobrepreço em contrato firmado com a empresa, no valor de R$ 33.931.699,46.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas, em Maceió (AL), Salvador (BA), Limeira (SP) e Brasília (DF).

Suposta propina
A Polícia Federal suspeita que o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB) teria recebido propina superior a R$ 2 milhões da Odebrecht por meio de fraude no processo de concorrência para as obras do Canal do Sertão, entre 2009 e 2014 — contrato de R$ 33,93 milhões. Na planilha de pagamento de propinas do famoso Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, Vilela era identificado pela alcunha de “Bobão”.

Os repasses ao ex-governador, que também foi presidente nacional do PSDB, teriam sido realizados em pelo menos três parcelas, uma primeira de R$ 1 milhão, outra de R$ 900 mil e a terceira de R$ 150 mil. Durante as buscas, agentes federais apreenderam computadores, smartphones e documentos.

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