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PF acha ordem de Bolsonaro para disparo de fake news: “Repasse ao máximo”

Investigação da Polícia Federal teve início após publicação de reportagem do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falando ao celular PF - Metrópoles
1 de 1 o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falando ao celular PF - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) teria estimulado o repasse de fake news a um empresário, de acordo com relatório da Polícia Federal (PF). O texto da mensagem falsa insinuava, sem provas, fraudes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022, além de ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Também havia a orientação para repassá-la “ao máximo”.

Segundo informação do portal G1, confirmada pelo Metrópoles, a troca de mensagens ocorreu com o empresário Meyer Nigri, fundador da empresa Tecnisa – que, junto com o empresário Luciano Hang, dono da Havan, teve as investigações prorrogadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

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Veja reportagem do Metrópoles que originou investigação de empresários

A apuração desse caso começou em 2022, a partir de reportagem do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. À época, o portal revelou conversas pró-golpe em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um grupo de WhatsApp por alguns empresários do país.

A troca de mensagens foi feita por meio do contato “PR Bolsonaro 8”, que alegava que o Datafolha “inflou” os números do então pré-candidato Lula para “dar respaldo” ao TSE.

No fim da mensagem, escrevia-se o comando “repasse ao máximo”, no que o empresário responde já ter feito. A PF acredita que o conteúdo da mensagem foi produzido para desacreditar o processo eleitoral brasileiro por meio da produção de notícias falsas.

Empresários conhecidos

O grupo de WhatsApp citado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, reunia grandes empresários de diversas partes do país, como Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.

O apoio a um golpe de Estado para impedir a eventual posse de Lula ficou explícito em 31 de julho. José Koury, proprietário do shopping Barra World e com extensa atuação no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, foi quem abordou o tema, ao dizer que preferia uma ruptura à volta do PT.

Koury defendeu ainda que o Brasil voltar a ser uma ditadura não impediria o país de receber investimentos externos. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, publicou.

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