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Petrobras reduz em 10% preço do diesel, mas caminhoneiros acham pouco

Segundo presidente da estatal, objetivo é contribuir com esforço do governo para pôr fim à greve da categoria, que pede redução maior

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou durante entrevista coletiva à imprensa realizada na noite dessa quarta-feira (23/5) decisão da diretoria da empresa de reduzir, pelos próximos 15 dias, o preço do óleo diesel nas refinarias do país em 10%. Segundo a estatal, a medida deve representar economia de R$ 0,25 por litro do combustível para o consumidor final.

Com isso, o valor médio de venda da Petrobras nas refinarias e terminais sem tributos será de R$ 2,1016 por litro a partir desta quinta-feira (24/5). Durante a coletiva, o dirigente explicou que o percentual escolhido (10%) é relevante e representa “uma queda importante, bem mais que a Cide”.

De acordo com Parente, o objetivo da empresa ao fazer essa redução é contribuir com o esforço do governo federal para pôr fim à greve deflagrada, por tempo indeterminado, pelos caminhoneiros de todo o país na última segunda-feira (21/5). Abastecimento e serviços essenciais, como circulação de frota de ônibus pelas cidades brasileiras, já estão comprometidas devido ao desabastecimento.

O presidente da estatal nem havia terminado seu posicionamento quando a Associação Brasileira dos Caminhoneiros posicionou-se sobre a proposta: se o preço não cair ao menos R$ 0,60, não há acordo e a greve continua.

Os caminhoneiros reivindicam a redução do valor final dos combustíveis – gasolina e diesel –, da carga tributária sobre os produtos e do preço praticado em pedágios nas rodovias.

“Essa redução de 10% representa R$ 0,23 por litro no valor médio do diesel comercializado pela Petrobras. Entendemos que, para os consumidores, será o mínimo de R$ 0,25 no preço final. A redução será só sobre o diesel”, explicou Pedro Parente. “Com esse quadro, governo e representantes dos caminhoneiros terão tempo para negociar. É nossa contribuição para minimizar os transtornos causados pela greve dos caminhoneiros aos cidadãos brasileiros”, ressaltou.

Ao final do período de 15 dias, o preço do diesel voltará ao normal gradativamente. “Até lá, vamos encontrar soluções definitivas”, destacou. Segundo Parente, a resolução do impasse entre governo federal e caminhoneiros passa pela revisão da carga tributária brasileira. Mas ele não detalhou como isso pode ser feito.

De acordo com Pedro Parente, a redução do preço do combustível, por duas semanas, representará uma queda de receita com a comercialização do produto de R$ 350 milhões, que não serão recuperados.

Carga tributária
Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo federal não estuda nenhuma medida para reduzir o preço da gasolina: as alternativas propostas pelo Palácio do Planalto dizem respeito apenas ao valor do óleo diesel.

Padilha também informou a possibilidade de redução da metade da alíquota do imposto PIS/Cofins sobre o preço do diesel. O ministro afirmou, contudo, que, para que o tributo seja removido, a equipe econômica precisa indicar uma fonte alternativa da renda.

Na segunda-feira (21/5), o Executivo federal já tinha divulgado a decisão de editar decreto para eliminar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel, mas só a partir da aprovação no Congresso Nacional de projeto para desonerar a folha de pagamento da União. Na tarde dessa quarta (23), em reunião no Planalto, os caminhoneiros afirmaram que o fim do Cide é insuficiente para encerrar o movimento paradista. (Com informações da Agência Estado)

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