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Parada do Orgulho LGBT do Rio reúne milhares de pessoas em Copacabana

Em defesa do Rio e contra LGBTIfobia, fundamentalismo e opressão, segundo organizadores, edição 2017 do evento é “parada da resistência”

atualizado

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22ª PARADA DO ORGULHO LGBTI
1 de 1 22ª PARADA DO ORGULHO LGBTI - Foto: null

Milhares de pessoas participam neste domingo (19/11), na Praia de Copacabana, da 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays , Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do Rio de Janeiro. Com o lema “Resistindo à LGBTIfobia, fundamentalismo, todas as formas de opressão e em defesa do Rio”, a organização não governamental (ONG) Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, que coordena o evento, definiu e edição deste ano como a parada da resistência.

“Historicamente, somos uma resistência. O Brasil não tem política pública de fato para a população LGBT. A homofobia é uma realidade. Praticamente a cada dia morre um homossexual vítima de homofobia no país. Se existimos, de alguma forma, é uma resistência”, disse o presidente do Grupo Arco-Íris, Almir França. De acordo com ele, a expectativa é reunir até 1 milhão de pessoas no evento. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

Segundo os organizadores, a parada leva para as ruas pessoas que lutam por direitos iguais, que combatem a intolerância, o preconceito e o ódio, dando voz a quem viveu muito tempo à margem da sociedade.

De cadeiras de rodas por causa de um acidente vascular cerebral, Silvina Correa Fernandes, de 87 anos, foi assistir à parada levada pelo filho Osvaldo Araújo, 52, e seu marido André, com quem está casado há 26 anos. “Eu sempre venho, eu gosto. Tem que apoiar, né? Meu filho é uma maravilha”, declarou Silvina.

Segundo Araújo, sua mãe sempre o apoiou e fica feliz em participar do evento. “A parada é importante para mostrar que todos somos iguais. Não tem diferença. Trabalho, pago meus impostos, tenho direito como qualquer outra pessoa”, afirmou o professor.

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Acompanhada do marido, a psicóloga Mônica Ribeiro, 46 anos, considera valiosa a presença da sociedade civil no evento. “É importante esse tipo de ocupação, esse tipo de resistência. Apoio qualquer tipo de diversidade, as diferenças. Sou completamente a favor da diversidade, cada um tem direito de amar quem quiser”, ressaltou.

Cofre vazio
Este ano, houve incerteza sobre a realização da parada por falta de recursos financeiros para viabilizar trios elétricos e atrações artísticas. Pela primeira vez, o evento não recebeu qualquer aporte da Prefeitura do Rio – comandada pelo líder evangélico Marcelo Crivella e que alegou problemas de caixa para custear despesas relacionadas à parada.

Assim, a edição deste ano foi viabilizada com patrocínio de empresas privadas em troca de renúncia fiscal. Segundo os organizadores, os R$ 300 mil arrecadados são metade do valor ideal e, por isso, a parada teve menos trios elétricos. Artistas convidados aceitaram abrir mão do cachê para participar: entre as principais atrações deste domingo estão as cantoras Valesca Popozuda, Daniela Mercury, Preta Gil e Pabllo Vittar.

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