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Pais sociais são indiciados por estupro de filhas no Entorno do DF

Segundo a Polícia Civil, vítimas tinham entre 9 e 14 anos e eram abusadas enquanto ficavam de castigo em casa, em Valparaíso de Goiás

atualizado

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Catherine Falls Commercial/Getty
Abuso
1 de 1 Abuso - Foto: Catherine Falls Commercial/Getty

Goiânia – A Polícia Civil de Goiás indiciou os pais sociais de duas meninas por estupro de vulnerável e maus-tratos, em Valparaíso de Goiás, Entorno do Distrito Federal. Segundo a investigação, elas tinham 9 e 14 anos, na época do crime, e eram abusadas enquanto ficavam de castigo.

O crime foi registrado, em 2009, após denúncia anônima. Em depoimentos, as meninas confirmaram que foram vítimas do casal. Uma das meninas, de acordo com a polícia, chegou a ter o dedo da mão arrancando enquanto colocava roupas em uma máquina industrial.

O homem e a mulher participaram de um cadastro para atuarem como pais sociais de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, conforme prevê a lei para casos de abandono. Eles ganhavam incentivo financeiro do governo para cuidar das vítimas e recebiam a guarda delas pelo sistema de casas lares.

Provas

O casal foi indiciado pela prática do crime de estupro de vulnerável, pois, segundo a investigação, uma das meninas foi abusada dos 9 aos 11 anos de idade. Além disso, a dupla também vai responder pelo estupro da garota então de 14 anos.

A Polícia Civil juntou provas sobre a materialidade e autoria de crimes sexuais e maus-tratos envolvendo crianças e adolescentes em um abrigo da cidade.

Segundo a investigação, os abusos físicos e sexuais aconteceram quando as meninas tinham entre 9 e 14 anos. Elas afirmaram à corporação que, por várias vezes, os pais sociais as agrediram fisicamente e psicologicamente.

Perdeu dedo

Em depoimento à polícia, uma das vítimas contou, ainda, que os pais sociais as xingavam e as obrigavam a fazer todo o serviço da casa, sendo que em uma dessas situações ela chegou a perder um dos dedos das mãos após prender em uma máquina industrial de lavar roupas. Ela disse que era estuprada enquanto estava de castigo.

De acordo com a Polícia Civil, um dos autores se aproveitava de uma “brincadeira” de fazer cócegas nas vítimas para passar a mão nos seios e no corpo delas.

Conivência

A mãe social, apesar de não ter sido a autora dos estupros, foi indiciada por ter conhecimento e se manter conivente com os crimes, segundo a polícia. Ela deve responder, ainda, pela prática de maus-tratos contra uma das vítimas que perdeu um dos dedos da mão.

Outra terceira menina, de acordo com a investigação, também foi abusada, com auxílio do pai social, por um homem, que morreu posteriormente. Ele colocava as meninas no colo e pedia bênção com um beijo de “selinho”.

Os nomes das meninas não foram divulgados pela polícia, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As identidades dos suspeitos também não foram informadas pela equipe de investigação para não haver qualquer risco de exposição delas.

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