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Odebrecht não poderá mais ter CEO da família

A empresa informou que mudou sua política de governança. Os executivos serão escolhidos pelo presidente do conselho da holding

atualizado

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1 de 1 odebrecht - Foto: DIVULGAÇÃO/ODEBRECHT

A uma semana da saída de Marcelo Odebrecht da prisão, a Odebrecht S/A, holding que reúne os negócios da família, anunciou nesta segunda-feira (11/12) mudança em sua política de governança com o objetivo de separar acionistas e gestão. A empresa afirmou que, a partir de agora, o diretor-presidente da Odebrecht S/A não poderá ser mais membro da família. O executivo, porém, será escolhido pelo presidente do conselho, cargo hoje exercido por Emílio Odebrecht.

No comunicado divulgado nesta segunda-feira, a empresa anunciou ainda a intenção de atrair sócios e abrir o capital da Odebrecht S/A. Definiu também limites de idade para executivos (65 anos) e conselheiros (75 anos). A companhia já havia anunciado outros compromissos de governança, como a representação mais plural em seu conselho de administração, e medidas organizacionais, como a mudança de nome de alguns de seus negócios.

A presença de Emílio Odebrecht na presidência do conselho é reflexo de acordo que permitiu ao executivo comandar a reorganização da holding até 2018, com a meta de fazer mudanças para impedir que os negócios “sangrem” ainda mais. Desde o início da Lava Jato, em 2014, o grupo viu seu total de funcionários encolher em mais de 60% – há três anos, a companhia tinha 200 mil colaboradores; hoje, são 75 mil.

Embora hoje o comando da Odebrecht S/A seja exercido por Luciano Guidolin – que não é da família, mas tem mais de 20 anos no grupo –, a decisão anunciada nesta segunda-feira afasta a possibilidade de que um Odebrecht possa retomar a função. Com a saída da prisão marcada para o próximo dia 19, Marcelo Odebrecht está impedido de voltar ao cargo. O acordo com a Justiça prevê que ele fique fora do grupo pelo menos até 2019.

Segundo uma fonte de mercado, o processo de transformação organizacional da Odebrecht não estaria concluído. Embora o comunicado divulgado nesta segunda-feira diga que “a família será representada na Odebrecht S/A pelo presidente do CA (conselho de administração)”, o Estado apurou que não está descartada a possibilidade de a família se abster também desta função no futuro.

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