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Brasil tem recorde de mortes violentas em 2017: 63 mil casos, diz ONG

Na parte do relatório que trata exclusivamente do Brasil, a ONG destaca a letalidade da polícia brasileira

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Black and white, woman pointing old gun to front
1 de 1 Black and white, woman pointing old gun to front - Foto: iStock/Foto ilustrativa

O Brasil bateu recorde de mortes violentas em 2017, com 63.880 casos. No mesmo ano, as mortes cometidas por policiais em serviço e de folga cresceram 20% na comparação com 2016. A compilação destes dados faz parte da 29ª edição do Relatório Mundial de Direitos Humanos, divulgado nesta quinta-feira (17/1) pela organização não governamental Human Rights Watch (HRW), que analisa a situação de mais de 90 países.

No capítulo sobre o Brasil, o relatório chama atenção para o aumento da letalidade policial após a intervenção federal no Rio de Janeiro, entre fevereiro e dezembro de 2018. Segundo a entidade, de março a outubro de 2018, conforme dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a letalidade violenta aumentou 2% no estado, enquanto as mortes cometidas pela polícia cresceram 44%.

Entre essas mortes está a da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em 14 de março. O caso ainda não foi esclarecido pelos órgãos de investigação. Para a HRW, a demora em solucionar os casos de assassinatos contribuem para o ciclo de violência. “Um amplo estudo conduzido por criminologistas e jornalistas estima que o Ministério Público tenha apresentado denúncia em apenas dois em cada dez casos de homicídio no Brasil”, aponta o relatório.

Posse de armas
Em meio a preocupações sobre como o governo Jair Bolsonaro (PSL) vai se relacionar com as organizações não governamentais, a ONG de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch afirma, no estudo divulgados nesta quinta, que o Brasil precisa combater a violência dentro do marco legal, critica propostas de “encorajar” a polícia a matar e a facilitação de posse de armas determinada na segunda, por decreto.

Depois de uma rodada de conversas com integrantes do primeiro escalão do governo Bolsonaro, a organização demonstrou preocupação em relação à medida provisória que permite ao governo “supervisionar, coordenar, monitorar e acompanhar ações e atividades” de ONGs, mesmo aquelas que não recebem recursos públicos.

O documento de 674 páginas analisa a situação dos direitos humanos em mais de 100 países, inclusive o Brasil. Na introdução, o relatório diz que a ascensão de líderes “populistas que espalham ódio e intolerância em vários países” está criando resistências na sociedade civil.

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