Rio de Janeiro – Um novo vídeo gravado por câmeras de seguranças mostra o momento que a moto pilotada pelo modelo Bruno Krupp atropela o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos.
O acidente aconteceu na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, no último sábado (30/7). O adolescente morreu.
O vídeo foi publicado inicialmente por O Globo, mas o Metrópoles teve acesso às imagens. Nelas é possível ver a João e a mãe, Mariana Cardim de Lima, na Avenida Lúcio Costa em direção ao calçadão, a alguns metros da faixa de pedestre.
Eles haviam acabado de sair de uma festa e pretendiam colocar os pés na areia antes de voltar para casa. O vídeo mostra que João Gabriel tentou correr para o calçadão quando notou a moto em alta velocidade, mas não conseguiu atravessar, sendo atingido em cheio.

Bruno Krupp Reprodução

Essa não foi a única situação criminal envolvendo o nome do modelo. Segundo a colunista Fábia Oliveira, do Em Off, Bruno Krupp responde a dois inquéritos na polícia: por estelionato e estuproReprodução

A fraude, segundo a gerente, foi estimada em R$ 428 mil. Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento conseguir contestar os cartões40 Graus Models

Já a acusação de estelionato foi registrada em abril do ano passado. Na ocasião, Krupp teria oferecido diárias em um hotel a preços menores do que no site do estabelecimentoReprodução

Ainda de acordo com a magistrada, a “liberdade do indiciado compromete a sobremaneira a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza”. Bruno foi preso em um hospital particular do Méier e responderá por homicídio com dolo eventualReprodução

A acusação de estupro foi registrada em julho deste ano. Em depoimento, uma mulher de 21 anos relatou que foi até o apartamento do influencer e que os dois tiveram uma relação não consensual. No relato, ela diz que pediu que Bruno parasse, mas não foi atendida. O rapaz nega as acusaçõesReprodução

Bruno KruppDivulgação

Imagens de câmera de segurança mostram momento em que Bruno passa em alta velocidade na orla da praia da Barra, na noite do acidenteReprodução

Dessa forma, para conseguir a hospedagem por preços mais baratos, os clientes deveriam fazer um pagamento em uma conta em nome de outra pessoa, fornecida pelo rapaz. Ele então fazia as reservas utilizando cartões de crédito clonadosReprodução

Na decisão, a Justiça destaca a brutalidade do acidente: “Observa-se que o indiciado assumiu o risco de causar o resultado, eis que conduzia uma motocicleta sem placa, em alta velocidade, sem portar CNH, mesmo após ter sido pego em uma blitz três dias antes do acidente. Insta salientar que a perna da vítima foi violentamente amputada no momento da colisão”, diz a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, em trechoReprodução
Por conta do impacto, a perna do adolescente foi amputada e arremessada a 50 metros à frente, entre o gramado e o calçadão da praia.
O jovem passou por uma cirurgia no Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele era filho e neto único e morava em Realengo, na zona oeste do Rio. A moto pilotada por Bruno estava, segundo testemunhas, a 150km/h, em uma via cujo o limite é de 60 km/h.
Além de estar sem habilitação, o modelo foi parado em uma blitz Lei Seca três dias antes do atropelamento. Por meio de seus Stories no Instagram, o influencer debochou da situação e disse que “ama a Lei Seca.
Na ocasião, Krupp se recusou a soprar o bafômetro e recebeu multas por pilotar a moto sem placa e habilitação.
Uma nova perícia, realizada nesta quinta-feira (4/8), foi feita com o objetivo de descobrir qual era a velocidade da motocicleta no momento do atropelamento.
Modelo preso sob custódia
Na manhã de quarta-feira (3/8), Bruno Krupp foi preso pela morte do adolescente. Apesar de ter sido liberado do Hospital Lourenço Jorge no domingo, ele foi encontrado em um hospital particular no Méier, zona norte do Rio. Bruno vai ficar sob custódia na unidade de saúde até receber alta.
O modelo vai responder por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.