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Novas imagens mostram início de briga em que mulher é acusada de homofobia

“Presta para pegar meus restos”, disse Lidiane Biezok a funcionários de uma padaria em São Paulo. Ela diz que sofre de bipolaridade

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1 de 1 750_homofobia-sao-paulo_20201122125247924 - Foto: Reprodução

Novas imagens mostram o começo da discussão entre a advogada Lidiane Biezok, 45 anos, e funcionários da padaria Dona Deôla, em São Paulo. Na última sexta-feira (20/11), ela foi flagrada fazendo comentários homofóbicos e racistas, dando tapas em dois homens e jogando objetos no chão do estabelecimento.

Nos novos vídeos divulgados pela padaria, é possível ver que a confusão começa quando Lidiane briga com funcionários, chamando um dos produtos que consumia de “lixo”. Um trabalhador do estabelecimento pede que a advogada fale baixo e ela o manda “calar a boca”. Depois, Lidiane começa a ofender o funcionário: “Vai dar o c*”. O homem fala que pode processá-la pelas ofensas.

Em outro momento, Lidiane joga guardanapos no chão e diz a outra funcionária: “você presta para pegar os meus restos”. É nessa hora que os dois clientes vítimas de homofobia aparecem. Tentando defender a funcionária agredida, um deles diz: “‘Mona’, você não tem o direito de fazer isso com ela”.

Agressões

As outras imagens, que circulam na internet desde o fim de semana, mostram as agressões sofridas pelos clientes que tentaram intervir na discussão. Um deles chega a ter os cabelos puxados por Lidiane.

Em uma das falas homofóbicas, a mulher diz a um funcionário, que tentava acalmar a situação: “Eu não estou falando porra nenhuma. Isso aqui é uma padaria gay?”. Ela também foi acusada de declarações transfóbicas e racistas pelos envolvidos.

O gerente do estabelecimento chamou a polícia, que chegou ao local depois de minutos, levando os envolvidos à delegacia, onde boletins de ocorrência foram registrados por funcionários e pela dupla, que foi vítima do ataque homofóbico.

Em entrevista ao Uol, a mulher disse que sofre com transtorno de bipolaridade e que, por isso, agiu com agressividade. “Foi uma crise de bipolaridade. E ainda estou tendo crise. Minha mão não para de tremer. Eu sou inválida. Quando tem provocação, acabo perdendo a cabeça. Mas pedi desculpas. Falei coisas que não queria, que não sinto isso”, disse.

“Vítima”

Também ao Uol, Lidiane disse que foi vítima da situação. Ao contrário do que mostram as imagens, ela afirmou que estava comendo, sentada, e que os homens foram atrás dela. “Acho bonito respeitar a diversidade. Mas a diversidade me respeitou? Agora é fácil dizer que sou racista e homofóbica, mas tenho diversos amigos homossexuais. Só que no calor ali, eu falei coisas que não queria”, afirmou.

A padaria Dona Deôla publicou, nesta segunda-feira (23/11), uma nota de esclarecimento sobre o caso. A empresa diz que funcionários e clientes sofreram ataques “homofóbicos, racistas e transfóbicos”. A padaria também disse que os trabalhadores não reagiram às agressões de Lidiane porque “não podem tomar nenhuma medida que envolva contato físico com os clientes”.

A Dona Deôla também informou que os funcionários e os clientes agredidos prestaram depoimento à polícia.

 

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