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No Acre, policial federal é acusado de premeditar morte da filha bebê

Menina de 2 meses morreu após consumir duas mamadeiras de leite artificial na última sexta-feira (8). Polícia Civil investiga o caso

atualizado

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Reprodução/Arquivo Pessoal
PF morte
1 de 1 PF morte - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A morte de uma bebê de apenas 2 meses chocou moradores de Rio Branco, capital acriana, no último fim de semana. O pai da menina, o policial federal Dheymerson Cavalcante, é acusado de ter premeditado o crime. Maria Cecília veio a óbito por insuficiência respiratória e obstrução das vias aéreas na noite da última sexta-feira (8/3), depois de ingerir duas mamadeiras de leite artificial, não recomendado a recém-nascidos.

A investigação do caso começou na tarde de sábado (9/3), após denúncia da mãe da criança, a enfermeira Micilene Souza. Segundo ela, o policial e a mãe dele, Maria Gorete Cavalcante, teriam dado duas mamadeiras para a criança, que acabou passando mal e não resistiu. O delegado responsável pelo caso, Martin Hessel, já ouviu os pais da menina e a avó paterna.

Ao Metrópoles, ele adiantou que aguarda o resultado da perícia nos celulares de Dheymerson, Micilene e Maria Gorete. A conclusão deve sair em 30 dias. “Iniciamos a investigação para averiguar se é homicídio ou uma situação em que não houve crime. Até o momento, não posso afirmar nenhuma situação, apesar das investigações estarem avançadas”, explicou.

Hessel não comentou o conteúdo dos depoimentos, segundo ele, para não atrapalhar as investigações, mas traçou um perfil do relacionamento dos pais da menina. “Eles tinham relação conturbada. Não foi um relacionamento estável ou duradouro. Durante o processo da descoberta da gravidez até o nascimento, eles tiveram uma relação conturbada. O policial é casado”, revelou.

O delegado informou, ainda, que apesar da comoção e da repercussão do caso por o suspeito ser um policial federal, as investigações seguirão com isenção. “A Polícia Civil vai apurar da maneira mais isenta possível, sem interferências, para elucidar o caso”, destacou.

Serão ouvidos os médicos e paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atenderam a ocorrência e os médicos que prestaram socorro à menina no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).

Renato Santos, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Acre (Sinpofac), cobrou uma investigação rigorosa. “Se for comprovada a intenção, a culpa ou o dolo, que os culpados sejam punidos de acordo com a lei. Espero que o caso seja solucionado logo para o conforto da família da vítima e de forma clara para que não reste nenhuma dúvida”, ponderou.

Ao registrar o boletim de ocorrência, a mãe da bebê disse que conheceu o policial quando ele estava em uma missão na cidade de Marechal Thaumaturgo e que eles tiveram um relacionamento de um mês. Micilene contou que quando descobriu que estava grávida, Dheymerson se negou a registrar ou dar qualquer assistência.

À produção da Rede Amazônica, Dheymerson negou qualquer participação no caso, mas não comentou as acusações por estar “sob efeitos de sedativos”. A reportagem não localizou a defesa do policial federal.

A Superintendência da Polícia Federal no Acre informou que as investigações a respeito deste caso estão sendo realizadas pela Polícia Civil de Rio Branco. Disse ainda que PF instaurou procedimento interno e irá auxiliar como for possível nas investigações que forem demandadas.

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