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Mulher de Flávio Bolsonaro toma vacina contra Covid

A dentista Fernanda Bolsonaro foi vacinada no Distrito Federal, na leva de profissionais da saúde. Família Bolsonaro é contra o imunizante

atualizado

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Reprodução/Instagram
Fernanda Bolsonaro se vacinou, nessa semana, contra a Covid-19
1 de 1 Fernanda Bolsonaro se vacinou, nessa semana, contra a Covid-19 - Foto: Reprodução/Instagram

Esposa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), a dentista Fernanda Bolsonaro se imunizou contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

De máscara, a dentista compartilhou o momento em que recebeu a primeira dose do imunizante. “Essa semana tomei a 1ª dose da vacina contra Covid-19”, escreveu Fernanda, acrescentando a hashtag “avante Brasil”.

Fernanda foi vacinada no Distrito Federal, na leva de profissionais da saúde. Nesta semana, a Secretaria de Saúde do DF abriu 2,2 mil vagas para vacinação desse público.


Até o momento, o Distrito Federal já vacinou 12,9% da população-alvo, o que equivale a 297.956 integrantes do grupo prioritário. Com a segunda dose, foram 75.485 imunizados, o que corresponde a 3,27% de cobertura.

A família Bolsonaro já se manifestou contrariamente à aplicação de vacinas. O próprio senador Flávio Bolsonaro disse que não tomaria o imunizante.

Em janeiro, no Twitter, o político alegou que vai “seguir a ciência” e, por isso, não tomará a vacina contra a Covid-19 “neste momento”.

Flávio Bolsonaro afirmou que já foi contaminado pelo vírus e, por isso, tem “taxa de imunidade alta”. O senador concluiu que não recebeu recomendações médicas para tomar a vacina.

Ao longo da pandemia que já matou mais de 325 mil pessoas no Brasil, a família Bolsonaro, inclusive o pai de Flávio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pontuou, diversas vezes, que não tomaria o imunizante.

Recentemente, o presidente mudou de discurso e admitiu a possibilidade de ser vacinado. Bolsonaro afirmou, na quinta-feira (1º/4), que decidirá sobre tomar ou não a vacina contra a Covid-19 apenas depois que “o último brasileiro for vacinado”, acrescentando que a posição se trata de um “exemplo que o chefe tem que dar”.

“Depois que o último brasileiro for vacinado, se estiver sobrando uma vacina, eu vou decidir se me vacino ou não. Esse é o exemplo que chefe tem que dar, igual no quartel”, ressaltou o mandatário da República, em transmissão nas redes sociais.  O presidente teve Covid-19, no ano passado.

A imunização é o único método que possui eficácia, cientificamente comprovada, de proteção contra o novo coronavírus. Aliado a isso, o uso de máscara reduz a transmissão do vírus.

O Brasil tem mais de 12,8 milhões de casos confirmados do novo coronavírus e 325 mil óbitos em decorrência da doença. O Ministério da Saúde aplicou 20,2 milhões de doses da vacina (entre primeira e segunda doses). Atualmente, o país é o epicentro da doença no mundo.

Veja as declarações do presidente contra a vacinação:

  • 26 de novembro de 2020: “Eu digo pra vocês: eu não vou tomar. É um direito meu.”
  • 15 de dezembro de 2020: “Eu não vou tomar a vacina e ponto final. Se alguém acha que minha agenda está em risco, o problema é meu e ponto final.”
  • 17 de dezembro de 2020: “Alguns falam que eu tô dando um péssimo exemplo. Ou é imbecil (palmas) ou o idiota que tá dizendo que eu dou péssimo exemplo, eu já tive o vírus. Eu já tenho anticorpos. Pra que tomar vacina de novo? (…) Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina.”

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