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MPF pede informações sobre supostos crimes sexuais citados por Damares

Ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos detalhou casos chocantes que teriam sido cometidos contra crianças da Ilha do Marajó

atualizado

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Boletim Metrópoles
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1 de 1 damares alves - Foto: Boletim Metrópoles

Membros do Ministério Público Federal (MPF) no Pará enviaram ofício ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) nesta segunda-feira (10/10) para solicitar mais informações sobre supostos casos de abuso sexual revelados pela ex-titular da pasta e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos).

A ex-ministra, em discurso feito no sábado (8/10) em Goiânia (GO), afirmou que, “abrindo as gavetas do ministério” que chefiava, descobriu casos de abuso sexual e tráfico de crianças na Ilha do Marajó (PA). O ofício do MPF, endereçado à secretária-executiva da pasta, Tatiana Barbosa de Alvarenga, pede que todos os detalhes descobertos pelo MMFDH venham ser encaminhados “para que sejam tomadas as providências cabíveis”.

Além disso, exige que o MMFDH “informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve representação (denúncia) ao Ministério Público ou à Polícia”.

Damares Alves deu detalhes explícitos sobre as violências sofridas pelas crianças, que teriam “os dentes arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral”. “Fomos para a Ilha do Marajó, e lá descobrimos que nossas crianças estavam sendo traficadas por lá. Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”, afirmou.

A ex-ministra afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria se mobilizado em prol das vítimas. “E o inferno se levantou contra esse homem. A guerra contra Bolsonaro que a imprensa, o Supremo e o Congresso levantaram, acreditem, não é uma guerra política. É uma guerra espiritual”, argumentou.

Acompanhamento

Em nota, o MMFDH informou que as afirmações prestadas pela ex-ministra tem base em “numerosos inquéritos já instaurados, que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”. Em relação ao caso de Marajó, houve a criação do programa Abrace o Marajó, “como mo resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia brasileira”.

Confira a nota do MMFDH:

“Desde 2020, cerca de R$ 950 milhões foram investidos em iniciativas para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago. Marcado pela transversalidade das iniciativas, o programa conta com parceiros que vão desde os ministérios da Saúde e Cidadania até pastas como Educação, Minas e Energia, Comunicações, entre outros.

Esta pasta tem total ciência da gravidade do problema e age diuturnamente para combater essa e outras práticas criminosas. Como exemplo, no início deste mês o MMFDH lançou a campanha ‘Enfrentamento às violações de Direitos Humanos: prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes na internet’, para alertar pais e responsáveis sobre os sérios perigos a que os pequenos estão expostos diariamente na rede mundial de computadores. As peças estão sendo veiculadas em canais de TV, em salas de cinema e nas redes sociais do Ministério.

[…]

As denúncias recebidas pela ONDH [Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos] são encaminhadas aos órgãos competentes e, posteriormente, monitoradas, para assegurar o bom andamento das demandas. Os dados coletados auxiliam, entre outras ações, nas operações integradas, a exemplo da Parador 27 — contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.”

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