metropoles.com

MP ajuíza ação contra reajuste do metrô do Rio, o mais caro do país

Aumento elevou a passagem de R$ 5 para R$ 5,80, representando um reajuste de 16%. MetrôRio argumenta perdas que ultrapassam R$ 600 milhões

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/MetrôRio
metrorio-foto-divulgacao-compressed
1 de 1 metrorio-foto-divulgacao-compressed - Foto: Divulgação/MetrôRio

Rio de Janeiro – O Ministério Público abriu ação civil pública solicitando que a Justiça, em tutela de urgência antecipada, determine que a MetrôRio volte atrás e reduza a nova tarifa do transporte metroviário, que entrou em vigor na última terça-feira, atualmente a mais cara do país. O aumento elevou a passagem de R$ 5 para R$ 5,80, representando um reajuste de 16%.

Na ação ajuizada na sexta-feira (14/5) pela 5ª Promotoria de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital, os promotores pedem que seja aplicado o percentual do índice inflacionário do IPCA, de 4,52%, praticando o valor máximo da tarifa de R$ 5,20. A tarifa metroviária é reajustada anualmente pela variação do IGP-M, conforme previsto no contrato de concessão.

O Ministério Público pede ainda que a decisão seja confirmada pela Justiça em caráter definitivo, com redução imediata da tarifa, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A ação teve origem em inquérito civil aberto para apurar abusividade no reajuste tarifário, que, de acordo com o índice homologado em fevereiro pela Agência Reguladora de Transportes Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) seria de 25%, o que significaria uma passagem de R$ R$ 6,30, mas o reajuste acabou adiado.

A MetrôRio argumenta que teve perdas que ultrapassam R$ 650 milhões e, após quase dois meses de negociação, governo e concessionária acertaram o novo valor de R$ 5,80. Segundo a empresa, a operação continua deficitária, com demanda 60% inferior ao período anterior à pandemia, situação usada como justificativa pelos dois lados da disputa.

Para os promotores, é “público e notório o momento de excepcionalidade vivido em razão da pandemia do coronavírus e os problemas sociais e financeiros por ela trazidos para a população, com grande elevação na taxa de desemprego e impacto na renda familiar das famílias em geral”.

No entanto, a concessionária alega que o aumento do valor para o usuário também é motivado pela pandemia, e argumenta que, “apesar da queda de demanda de até 85%, manteve a operação regular, tendo ainda adotado todas as melhores práticas de higienização e mantido o mesmo padrão de qualidade”.

Ao Metrópoles, a Metrô Rio reiterou que “a tarifa homologada pela Agetransp foi de R$ 6,30, conforme prevê o contrato de concessão” e que “após as negociações com o Estado do Rio de Janeiro, foi celebrado termo aditivo ao contrato que permitiu reduzir a tarifa em R$ 0,50”. A nota diz ainda que “o cumprimento do contrato é fundamental para garantir a continuidade da prestação desse serviço essencial nos padrões conhecidos pela população do Rio de Janeiro”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?