Mourão defende estatal focada no interior após privatização dos Correios

A Câmara aprovou na última semana a privatização da estatal. Vice-presidente defendeu a venda e indicou criação de nova empresa

atualizado 11/08/2021 11:44

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), adiantou que mesmo com a privatização dos Correios, o governo federal terá de manter uma empresa do setor para atender o interior do país.

A Câmara aprovou na última semana a privatização dos Correios. O projeto de lei (PL) segue para avaliação do Senado.

“Entendemos que o governo pode perfeitamente abrir essa atividade para as empresas privadas. Existe um vasto interior do Brasil que deverá continuar a ser entendido por uma empresa ligada ao governo”, explicou Mourão nesta quarta-feira (11/8).

As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Riacho FM, canal de comunicação da Associação Comunitária de Riacho das Almas, em Pernambuco.

A expectativa do governo federal é leiloar a estatal no primeiro semestre de 2022, caso o Congresso aprove a privatização.

O projeto autoriza a União a vender a empresa e determina que os serviços postais considerados universais, como cartas, impressos e telegramas, deverão ser realizados por uma nova empresa chamada de Correios do Brasil.

Entre outros pontos, o projeto veda a dispensa sem justa causa dos empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) durante os 18 meses subsequentes à desestatização.

O projeto também determina que seja disponibilizado aos empregados dos Correios um plano de demissão voluntária (PDV), com período de adesão de 180 dias contados a partir da privatização.

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