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Moro vs Bolsonaro: STF autoriza oitiva de Heleno, Ramos e Braga Netto

Nessa segunda-feira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu realização de diligências para apurar suposta interferência na PF

atualizado

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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou pedido apresentado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras e autorizou, na tarde desta terça-feira (05/05) os depoimentos dos ministros Augusto Heleno (GSI), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

A decisão foi tomada dentro do inquérito que apura as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente teria tentado fazer uma “interferência política” no comando da Polícia Federal. O decano deu 20 dias para o cumprimento das diligências.

Os ministros agora terão cinco dias para prestarem depoimento a partir da data de intimidação. O calendário e o horário ainda serão combinados pela Polícia Federal. Se os ministros se negarem, poderão ser conduzidos coercivamente.

Além disso, Celso de Mello também autorizou a entrega de gravação de reunião em que os ministros teriam testemunhado ameaça de Bolsonaro contra Moro, além de oitivas com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e seis delegados da Polícia Federal envolvidos na crise da troca de comando da Polícia Federal do Rio de Janeiro, em agosto passado.

Nessa segunda-feira (04/05), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a realização de diligências no inquérito que apura suposta tentativa de interferência na Polícia Federal (PF) por parte do presidente Jair Bolsonaro.

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As medidas foram tomadas após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, prestar depoimento à PF, no último sábado (01/04). Ao deixar o governo, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de interferência na corporação.

Em seu depoimento, cuja íntegra você pode ler aqui, Moro voltou a dizer que o presidente tentou influir, sem explicações, no trabalho da Polícia Federal.

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