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MJ aciona PF para investigar ameaças contra repatriados de Gaza

Uma das famílias que integra o grupo de 32 repatriados da Faixa de Gaza pediu proteção ao governo brasileiro

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Brasileiro repatriado fala ao lado do presidente Lula após chegar em Brasília - metrópoles
1 de 1 Brasileiro repatriado fala ao lado do presidente Lula após chegar em Brasília - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Ministério da Justiça e Segurança Pública pedirá que a Polícia Federal (PF) investigue as ameaças contra brasileiros repatriados da Faixa de Gaza. A informação foi adiantada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e confirmada pelo Metrópoles.

“A respeito dos repatriados de Gaza que estão recebendo mensagens ofensivas ou sofrendo ameaça, a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senajus/MJSP), enquanto coordenadora da operação de acolhimento, comunica que as denúncias estão sendo apuradas e serão encaminhadas para a investigação da Polícia Federal”, informou a pasta.

Mais cedo, nesta quinta-feira (16/11), a família de Hasan Rabee, que integra o grupo de repatriados, entrou com pedido de proteção ao governo brasileiro, tendo em vista as ameaças que recebeu pela internet.

A advogada Talitha Camargo da Fonseca, que representa a família de Hasan, afirmou ao Metrópoles que o repatriado recebeu mais de 200 mensagens de ódio no Instagram, além de ser vítima de discursos do mesmo tipo no Tik Tok e em outras redes sociais.

A profissional entrou com pedido de proteção ao Estado brasileiro por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

O programa busca oferecer proteção às defensoras e aos defensores de direitos humanos, comunicadoras e comunicadores e ambientalistas que estejam em situação de risco, vulnerabilidade ou sofrendo ameaças em decorrência de sua atuação em defesa desses direitos.

“As mensagens têm configuração criminal vasta, que inclui perseguição, injúria racial, ameaça de execução, injúria, calúnia e difamação”, ressaltou a advogada.

O comerciante Hasan Rabee ganhou notoriedade por divulgar nas redes sociais a rotina em meio à retaliação israelense ao território palestino e à expectativa do grupo sobre deixar a Faixa de Gaza. Brasileiro naturalizado, ele vivia em São Paulo até antes do conflito e ficou preso em Gaza ao viajar para visitar a família palestina.

O Metrópoles entrou em contato com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, mas não houve retorno até a publicação do texto. O espaço segue aberto.

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Volta ao Brasil

Um grupo de 32 brasileiros e familiares próximos desembarcou na Base Aérea de Brasília na última segunda-feira (13/11). Em Brasília, os repatriados receberam apoio para formalização dos documentos e cuidados médicos.

Na quarta-feira (14/11), parte do grupo foi levado ao interior de São Paulo, onde permanecerá em um abrigo.

A chegada do grupo com 32 brasileiros e familiares à Base Aérea de Brasília na noite de segunda completou uma jornada de mais de um mês para deixar a Faixa de Gaza.

Desde o último 7 de outubro, a região enfrenta uma escalada histórica no conflito entre Israel e Hamas. A guerra, até o momento, soma mais de 12 mil mortos, considerados ambos os lados.

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