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“Minuta do golpe”: PF avança nas investigações e pode complicar Torres

Secretária que teria entregue o documento ao ex-ministro informou que nunca entregou nada. Investigações da PF estão adiantadas

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Imagem colorida de PF Anderson Torres, ex-secretário Eduardo Bolsonaro
1 de 1 Imagem colorida de PF Anderson Torres, ex-secretário Eduardo Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As investigações da Polícia Federal em relação à “minuta do golpe” e o envolvimento do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, com o processo eleitoral estão cada vez mais avançadas, o que pode complicar ainda mais a situação de Torres.

Entre as discrepâncias apuradas no caso, está a negativa da secretária de Torres de que ela teria entregado o documento golpista a ele. Em depoimento, a mulher teria sido taxativa: “Nunca entreguei nada”. O ex-ministro teria declarado que recebeu a minuta por meio dela. A informação é do jornalista Lauro Jardim, em O Globo.

Já em relação ao envolvimento nas eleições, a PF descobriu um “boletim de inteligência” que teria sido produzido em outubro pela então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar – delegada que, posteriormente, trabalhou com Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal (DF).

O documento detalha os locais onde o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva havia (PT) sido mais votado no primeiro turno das eleições de 2022. Na análise dos investigadores, o boletim serviu para que o ex-ministro viabilizasse a tentativa de complicar a chegada dos eleitores aos locais de votação em algumas regiões, com a operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno.

O documento chegou a ser apagado do celular de Marília. No entanto, foi recuperado parcialmente pela PF.

A PF também teria descoberto uma viagem de Torres, fora de agenda, à Bahia, num avião da FAB, dias antes do segundo turno. Na ocasião, ele teria sido acompanhado pelo então diretor da PF, Marcio Nunes, para pressionar o então superintendente regional, Leandro Almada, a atuar na operação no dia da eleição, dando apoio à PRF.

Prisão

Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF, está preso no âmbito da investigação sobre possível omissão durante a  invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, por bolsonaristas radicais. Torres continua detido nas instalações do Batalhão de Aviação Operacional, no 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Distrito Federal.

No dia dos atentados, Anderson Torres viajava para os Estados Unidos. Ele foi preso em 14 de janeiro, ao voltar para o Brasil. Em 1º de março, Alexandre de Moraes indeferiu pedido da defesa do ex-secretário de Segurança Pública pela revogação da prisão.

O ministro considerou não haver, no momento, “como dissociar as condutas omissivas de Anderson Gustavo Torres dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, com ataque às instituições democráticas e depredação e vandalismo dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes”.

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