O ministro da Justiça e Segurança Pública, delegado Anderson Torres, afirmou que o governo federal irá manter as buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira até se “esgotarem todas as possibilidades”.
Nesta terça-feira (14/6), após a posse do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, delegado Ivo Roberto Costa da Silva, Torres disse que as buscas serão mantidas.

Naquele dia, eles foram vistos pela última vez na comunidade ribeirinha São Rafael, pela manhã, e saíram em direção ao município de Atalaia do Norte, seguindo pelo rio ItaquaíArquivo pessoal

Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultadosDivulgação

Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tirosDivulgação/Funai

Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e BrunoRedes sociais/reprodução

O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do casoErlon Rodrigues/PC-AM

A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o PeruArte/Metrópoles

Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína Adam Mol/Funai/Reprodução

Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”Reprodução/Twitter/@andersongtorres

Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposaTwitter/Reprodução
O ministro se encontrou com Vicky Ford, subsecretária de América Latina da chancelaria britânica, nos Estados Unidos, durante a Cúpula das Américas, na semana passada. “Me comprometi de que tudo que estiver ao alcance do governo brasileiro será feito”, detalhou.
Ele acrescentou: “É uma região extremamente complicada, extremamente distante da capital, Manaus. As buscas continuam. Desde o primeiro momento, o governo federal colocou as Forças Armadas, a Polícia Federal e a própria Fundação Nacional do Índio (Funai) para atuarem nas buscas”.
Buscas
As buscas pelo jornalista e pelo indigenista completaram 10 dias. Além da falta de desfecho sobre o que aconteceu com a dupla, o conflito de versões desencadeia uma série de reações e deixa familiares e amigos perplexos.
A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí, onde objetos pessoais dos desaparecidos foram encontrados. O Brasil e o mundo acompanham com espanto o desenrolar do sumiço.
De acordo com informações da Polícia Federal, as buscas continuam em diversas frentes nesta terça-feira e foram suspensas às 18h.
Investigações
A Polícia Civil do Amazonas atualizou as informações sobre a investigação do desaparecimento do jornalista inglês e do indigenista. Ao todo, nove depoimentos já foram colhidos.
Nesta terça, segundo a polícia civil amazonense, a esposa do pescador Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como Pelado, foi à delegacia. Ele está preso suspeito de envolvimento no sumiço.
A mulher, que não teve a identidade divulgada, esteve na seda da Polícia Civil de Atalaia do Norte acompanhada por um advogado e preferiu não responder aos questionamentos dos investigadores.
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