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Ministro ataca lideranças de caminhoneiros e vê chance “zero” de greve

Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, criticou “meia dúzia de lideranças” que convocaram paralisação para 1º/11

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Infraestrutura Tarcísio Gomes governo Bolsonaro
1 de 1 Infraestrutura Tarcísio Gomes governo Bolsonaro - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse, durante palestra, não acreditar em uma greve de caminhoneiros de grandes proporções no próximo dia 1° de novembro. Tarcísio falou duramente sobre “meia dúzia de lideranças” que chamam paralisações frequentes e afirmou que o movimento não tem motivos nem poder de baixar o preço do diesel no Brasil. “Você acha que vai baixar numa greve? Lamento, não vai”, declarou.

“São meia dúzia de líderes que toda hora chamam greve, a cada duas semanas os caras chamam greve. E eles tentam aproveitar o que aconteceu em 2018, mas o que aconteceu em 2018 não vai acontecer tão cedo. A turma que financiou 2018 tá fora. Então esse é nosso único desafio, não deixar bloquear rodovia. Se não deixar bloquear rodovia, com o excesso de oferta [de caminhões] que nós temos, se meia dúzia de caras pararem de trabalhar, qual vai ser o efeito pra nós em termos de mercado? Zero, nenhum. Então, qual a possibilidade de ter greve como em 2018? Zero, nenhuma, não vai ter. Ficam tentando chamar greve pela imprensa, mas não vai ter greve”, avaliou Tarcísio.

Ele salientou que, desta vez, não há o apoio das empresas de transporte, representantes da maior parte do setor. “Mais de dois terços do transporte está na mão das empresas de transporte, não são autônomos.”

A fala ocorreu na semana passada, na Paving Export, em São Paulo, mas começou a circular nesta semana em grupos de caminhoneiros, que estão insatisfeitos com a proposta do governo de dar um “auxílio-diesel” de R$ 400 por mês para os autônomos.

“Não podemos deixar bloquear rodovias. Esse é nosso desafio. Se meia dúzia parar, o efeito é zero”, provocou ainda o ministro, que reclamou do espaço dado pela imprensa a essas lideranças. “Eles chamam greve e a imprensa morde a isca. Para a imprensa, quanto pior melhor, porque não gostam do governo.”

O Ministério da Infraestrutura divulgou a seguinte nota sobre a fala de Tarcísio de Freitas:

“O Ministério da Infraestrutura esclarece que o ministro Tarcísio reafirmou, em palestra na Paving Export, na última semana, o seu posicionamento público em referência às ações setoriais adotadas pela pasta; a total abertura para o diálogo com todas as entidades que demonstraram interesse em fazer parte da formulação da política pública; o posicionamento de não negociar com qualquer indicativo de paralisação ou locaute; e sua opinião, de amplo conhecimento de todo o setor, sobre temas de interesse, como a tabela de frete e a necessidade de estimular a economia para fortalecer o mercado do transporte rodoviário de cargas. Diminuir o Custo Brasil significa baratear os custos com frete para toda a cadeia logística, incluindo os caminhoneiros.”

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