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Greenpeace protesta contra leilão de áreas exploratórias de petróleo na Amazônia

Grupo abriu uma bandeira de protesto no encontro dos rios Negro e Solimões

atualizado

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Sérgio Vale/ Secom
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1 de 1 enchente-do-Rio-Madeira-no-Acre201402250001 - Foto: Sérgio Vale/ Secom

O grupo ambientalista Greenpeace realizou nesta quinta-feira (1º/10) um protesto contra a 13ª Rodada de leilões de áreas exploratórias pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), marcada para a próxima semana. No encontro dos rios Negro e Solimões, onde se forma o Rio Amazonas, em Manaus, o grupo abriu uma bandeira de protesto: “Deixem as fontes fósseis no chão”, em referência à exploração de petróleo em terra na região amazônica.

A 13ª Rodada de leilões da ANP, agendada para o próximo dia 7 de outubro, vai ofertar 266 blocos exploratórios, sendo sete áreas na Bacia Amazônica. Segundo o Greenpeace, as sete áreas vão afetar 15 unidades de conservação ambiental (UCs) na região e 19 terras indígenas (TIs).

Pelos cálculos do Greenpeace, a exploração de petróleo e gás natural na região sul da Bacia Amazônica poderá afetar até 1,3 mil indígenas que habitam em quatro territórios indígenas: Trincheira/Bacajá, São Pedro, Padre e Miguel/Josefa. “As TIs e UCs são as modalidades de Áreas Protegidas que mais impedem o desmatamento da floresta. Os territórios indígenas, inclusive, apresentam os índices mais baixos de desmatamento do país. Colocar uma dessas áreas em risco é jogar com o futuro da Amazônia”, afirma Thiago Almeida, em nota publicada no site da ONG.

O Greenpeace considera o leilão um “duplo desastre”, e pede seu cancelamento. “Além de um claro incentivo a fontes sujas e poluentes de energia, os blocos exploratórios em terra estão localizados sobre dez grandes bacias hidrográficas, entre elas as do Amazonas, Parnaíba, Recôncavo e Potiguar”, informa o comunicado publicado no site da organização não governamental.

A denúncia também alerta para a exploração de gás de xisto nas bacias do Parnaíba e Recôncavo, também contempladas no leilão. Para extrair o gás, é usada técnica de fraturamento hidráulico, que tem sido responsável pela rápida expansão da produção de óleo e gás nos Estados Unidos nos últimos anos.

Entretanto, o procedimento é questionado por organizações ambientais pelo impacto causado. No Brasil, ainda não há regulamentação ambiental para a técnica, e há decisões judiciais que impediram atividades exploratórias de petróleo e gás com a técnica, no Paraná e na Bahia.

A 13ª Rodada de Leilões está marcada para o próximo dia 7 de outubro, no Rio. Ao todo, 37 empresas de 15 diferentes países se inscreveram para participar da concorrência, segundo a ANP. Serão oferecidas áreas exploratórias no mar e em terra, em dez diferentes bacias no país. Os blocos ofertados compreendem áreas de novas fronteiras, regiões maduras e de produção em águas profundas.

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