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Desmatamento na Amazônia cresce 54% e tem pior abril desde 2008

Cerca de 1,2 mil quilômetros quadrados foram desmatados no mês passado, segundo dados divulgados pelo Imazon

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fotografia colorida de floresta em Roraima
1 de 1 Fotografia colorida de floresta em Roraima - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Amazônia perdeu 1.197 quilômetros quadrados (km²) de árvores em abril deste ano, revelam dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) divulgados nesta quarta-feira (11/5) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Trata-se de um aumento de 54% em relação ao registrado no mesmo mês de 2021. É o pior abril dos últimos 15 anos, desde que o Imazon iniciou o monitoramento por satélites, em 2008.

Mato Grosso foi o estado que mais desmatou pelo quarto mês consecutivo, com 372 km² derrubados, 31% de toda a destruição registrada na região. Em segundo lugar ficou o Amazonas, com 348 km² desmatados (29%), e em terceiro o Pará, com 243 km² (20%). “Em abril, 40% de toda a devastação registrada no Pará ocorreu apenas dentro de cinco unidades de conservação: 95 km²”, alerta a pesquisadora Larissa Amorim.

“Por isso, é necessário intensificar as ações de proteção nesses territórios, que foram criados justamente para que a floresta fosse conservada, o que não está ocorrendo”, acrescenta.

As terras indígenas que mais sofreram com o desmatamento no último mês foram a Karipuna, em Rondônia, e a Yanomami, em Amazonas e em Roraima.

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