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Médicos criticam uso desordenado de remédios contra a Covid-19

Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) manifestou “grande preocupação” pelo uso indiscriminado de drogas e tratamentos durante pandemia

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Aumento nos remédios – Brasília – DF 15/10/2015
1 de 1 Aumento nos remédios – Brasília – DF 15/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) manifestou “grande preocupação” pelo uso indiscriminado de medicamentos, vitaminas, antioxidantes, entre outros, no tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A entidade, uma das principais do país que trabalha no controle da pandemia, afirma que qualquer droga ainda não tem “qualquer comprovação científica de eficácia e segurança de seu uso”.

Uma nota técnica foi publicada nesta segunda-feira (20/04) e desaconselhou o uso de azitromicina, por exemplo.

A SBI também fez ressalvas ao uso compassivo de medicamentos que ainda não têm o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a indicação clínica para a qual será usada, principalmente em doenças que ameaçam a vida e sem alternativa terapêutica, que é justamente o caso da Covid-19.

Nesta categoria, entre outras, incluem-se o uso de soro de convalescente, imunoglobulinas, anticorpos monoclonais e o corticoide em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).

“Recomendamos que o uso compassivo de medicamentos seja preferencialmente feito com avaliação dos infectologistas, intensivistas e médicos assistentes, responsáveis pelo tratamento do paciente”, afirma o texto.

Para a SBI, somente com pesquisas clínicas bem conduzidas, que no Brasil precisam ser aprovadas pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), diretamente ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde, poderemos corresponder a esta grande expectativa da sociedade brasileira e internacional: indicar medicamentos e vacinas eficazes e seguros contra a Covid- 19.

“Várias pesquisas clínicas nacionais e internacionais sobre tratamento medicamentoso e vacinas foram desenvolvidas no Brasil em diversas áreas da infectologia nos últimos anos, incluindo HIV, hepatites virais, malária, tuberculose, dengue, infecções por bactérias multirresistentes, infecções fúngicas, entre outras, que levaram o Brasil a ser reconhecido como um país onde estudos de excelência e da maior relevância clínica são desenvolvidos”, conclui a entidade em documento.

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