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Marina diz acreditar em mudança na relação com Congresso, caso eleita

Em São Paulo, a candidata da Rede aproveitou para criticas a política de alianças de Geraldo Alckmin e candidato do PSL, Jair Bolsonaro

atualizado

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Ricardo Botelho/Especial para o Metròpoles
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1 de 1 marina go - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metròpoles

A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse nesta segunda-feira (3/9), após participar do Exame Fórum, na capital paulista, “não ser do tipo que acha que é assim mesmo”, quando questionada sobre como governar com o Congresso. Ela lembrou a ditadura militar, quando havia pessoas na resistência e, como ela, acreditavam que a situação poderia mudar.

Com um partido na coligação, o PV, e apenas dois parlamentares, Marina disse acreditar na mudança do Congresso e afirmou não aceitar a tese de que “essa realidade é fixa”. A título de exemplo, ela comparou o momento atual com a ditadura militar, quando “jovens e intelectuais sonhadores” também acreditaram que poderiam mudar esta realidade.

“Na época da ditadura militar, quando muitos (jornalistas) não conseguiam fazer suas matérias, eram censurados, se alguém dissesse ‘é assim mesmo, não tem como mudar, a ditadura nunca vai acabar’, existiam jovens sonhadores, intelectuais sonhadores, mulheres e homens na resistência”, disse a candidata. “Eu não sou do tipo que acha que é assim mesmo. Se ganhar, nós vamos fazer diferente”, completou.

Marina fez uma nova critica à política de alianças de Geraldo Alckmin (PSDB). No evento, a ex-senadora disse não adiantar falar em terá “tolerância zero” com corrupção e ainda assim se aliar a corruptos na disputa eleitoral.

“Digo desde 2014: proposta sem propósito não falta (na campanha). Não há propósito nenhum falar em zero tolerância com corrupção e se juntar a corruptos, por exemplo”, disse a candidata. “Tolerância zero” é o termo usado pelo PSDB em seu programa de governo quando o tema é corrupção.

Marina ainda criticou, de forma velada, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, ao comentar como a classe política tem criado consensos, como a necessidade de investir em educação e combater a corrupção, mas não transformá-los em ação efetiva.

“Por isso reafirmo a necessidade do debate. Quando não se debate, prosperam as propostas mirabolantes, as quais dizem que vão resolver tudo na base da força, da bala”, afirmou. “Quem não tem tolerância pelo debate, cultiva o terreno das ações autoritárias”.

Vice
Após a declaração de Marina a jornalistas, o candidato a vice na chapa, Eduardo Jorge (PV), falou. Ele esteve recentemente em Pacaraima, fronteira de Roraima, região onde há uma crise de refugiadas.

“A questão crucial é: os outros 26 estados precisam acordar. Estados poderosos como São Paulo, Minas, Bahia. Não é possível um estado pequeno (Roraima) estar fazendo toda a solidariedade”, criticou. Segundo conta, a campanha está elaborando uma carta sobre a situação para ser entregue, possivelmente, para o presidente Michel Temer.

Ao final, entregou uma abóbora à candidata. Segundo disse, foi um presente das tribos Macuxis e Wapixanas, de Roraima, para a presidenciável.

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