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Marcelo Crivella é apontado pelo MP como “vértice” do “QG da Propina”

Prefeito do Rio de Janeiro foi preso na manhã desta terça-feira (22/12) em operação que investiga esquema criminoso na gestão municipal

atualizado

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Monique Arruda/Especial Metrópoles
Crivella 1
1 de 1 Crivella 1 - Foto: Monique Arruda/Especial Metrópoles

Preso na manhã desta terça-feira (22/12), o prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Marcelo Crivella (Republicanos), é apontado pelos investigadores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como o “vértice” do chamado “QG da Propina”.

Segundo o jornal O Globo, que teve acesso à denúncia do MPRJ, os promotores dizem que Marcelo Crivella “orquestrava sob sua liderança pessoal” o conluio criminoso e aliciava empresários para os “mais variados esquemas de corrupção”.

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“O vértice da organização criminosa é ocupado por Marcelo Crivella, que, na qualidade de prefeito do Rio de Janeiro, concentra em suas mãos as atribuições legais indispensáveis para a consecução do plano criminoso”, afirma o Ministério Público.

“Em outras palavras, seu status funcional de alcaide lhe confere, e a mais ninguém, a capacidade de executar e determinar a execução dos atos de ofício necessários à materialização das escusas negociatas”, prossegue a denúncia.

Além do prefeito do Rio de Janeiro (RJ), pelo menos outras seis pessoas são alvo da operação que investiga suposto esquema que ficou conhecido como “QG da Propina” na gestão municipal. A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira.

Além do prefeito, foram presos: os empresários Rafael Alves, Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos; o delegado aposentado Fernando Moraes; e o ex-tesoureiro da campanha de Crivella Mauro Macedo. O ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da operação, mas não foi encontrado.

A ação é um desdobramento da Operação Hades, que investiga suposto “QG da Propina” na Prefeitura do Rio.

Segundo as investigações, empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município entregavam cheques a Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves — então presidente da Riotur. Em troca, Rafael facilitava a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.

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