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Lula pressiona União Europeia por acordo com Mercosul: “Ou sim ou não”

Acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia é negociado há duas décadas e europeus fizeram novas exigências

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
Lula abre os braços em coletiva na Índia
1 de 1 Lula abre os braços em coletiva na Índia - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a presença de líderes europeus no encontro de cúpula do G20, na Índia, para pressionar por um desfecho nas negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

Após duas décadas de debates, as bases do acordo foram fechadas em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), mas falta a assinatura final. Em março deste ano, a Europa fez novas exigências no setor ambiental, com ameaças de sanções em caso de danos ao meio ambiente.

“Nos próximos meses, a gente tem que chegar num acordo: ou sim, ou não. Ou parar de discutir o acordo porque, depois de 22 anos, ninguém acredita mais”, disse Lula, em entrevista a jornalistas brasileiros e estrangeiros, antes de deixar a Índia, nesta segunda-feira (11/9).

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Lula quer que a decisão saia do campo técnico e vá para a arena política, com participação dos chefes de Estado dos dois blocos.

“Temos que fazer uma reunião em que os presidentes estejam presentes para decidir e dizer se quer ou não quer. Já faz 22 anos que estamos negociando. Quando a gente quer encontrar solução, a gente não manda emissário, vai pessoalmente. A UE tem suas comissões que negociam, mas a nossa quem negocia são os governos. Quero sentar com o Macron (presidente francês), com o Olaf Scholz (Alemanha), para decidir as coisas. Quero saber o seguinte: onde está pegando esse acordo?”, seguiu Lula.

Lula fala do Mercosul para representantes da União Euopeia

Às margens do G20, o presidente brasileiro se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Na conversa, Lula reformou reclamações contra um instrumento apresentado no início do ano pela União Europeia, com novas condicionantes para o acordo em torno de possíveis sanções em torno de questões ambientais. Para o brasileiro, as exigências são inaceitáveis e desconsideram credenciais do Brasil em torno do tema.

Em nome do bloco sul-americano, Lula cobrou dos europeus “uma postura mais clara em torno da real possibilidade de acordo”.

Lula também conversou pessoalmente com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o tema.

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