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Lula admite não cumprir déficit zero: “Mercado é ganancioso demais”

Peça orçamentária de 2024 enviada ao Congresso pela equipe econômica de Lula prevê déficit zero no ano que vem

atualizado

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Foto colorida mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (26/10) que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero. O objetivo de um déficit fiscal zerado, mirado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem sendo questionado recentemente não só pelo mercado, mas também por alguns auxiliares de Lula e outros petistas.

“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero”, disse Lula em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

Em seguida, o mandatário afirmou que não vai estabelecer uma meta fiscal que obrigue o governo a começar o ano fazendo corte de bilhões de reais nas obras que são prioritárias para o país. “Então, eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida”, completou.

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Déficit fiscal zerado é disposição de Haddad

Lula disse estar ciente da “disposição” de Haddad, mas pontuou que um déficit entre 0,25% e 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) seria “nada”.

“Eu sei da disposição do Haddad, sei da vontade do Haddad, sei da minha disposição. Quero dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque eu não quero fazer cortes em investimentos de obras. Se o Brasil tiver um déficit de 0,5% (do PIB) o que é? De 0,25%, o que é? Nada. Absolutamente nada. Então, nós vamos tomar a decisão correta e vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil.”

Governo envia ao Congresso Orçamento de 2024 com meta de déficit zero

Para zerar o déficit primário no próximo ano, o governo precisa de R$ 168 bilhões de receitas brutas adicionais, muitas das quais ainda dependem da aprovação de projetos pelo Congresso Nacional.

O próprio Haddad e o restante da equipe econômica têm reconhecido que mudanças recentes no cenário internacional impuseram novos desafios.

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