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Líderes contra PEC do voto impresso dizem que protestos não têm efeito

Em junho, presidentes de 11 partidos decidiram que não vão apoiar a mudança do atual sistema de votação eleitoral

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
manifestantes esplanada
1 de 1 manifestantes esplanada - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em reação às manifestações a favor do voto impresso, que ocorreram no domingo (1º/8), líderes do grupo de partidos contrários ao sistema de votação proposto afirmaram que continuarão trabalhando para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja barrada.

Apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), promoveram ato a favor da mudança no sistema eleitoral brasileiro para o voto impresso em cidades como Rio de Janeiro, Brasília e capitais de outros oito estados.

Do Palácio da Alvorada, Bolsonaro participou do ato por meio de uma videochamada. Em pronunciamento aos manifestantes, ele afirmou que “sem eleições limpas e democráticas” não haverá pleito em 2022.

Em entrevista ao Painel, da Folha de S. Paulo, Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, disse que o ato teve “efeito zero”. ” Não muda nada. Estamos seguros de que o voto impresso não é necessário. Confiança total nas urnas eletrônicas”, afirmou.

Gilberto Kassab, líder do PSD, disse que o partido “continua contra” a PEC, que tramita na Câmara dos Deputados atualmente. Em junho, presidentes de 11 partidos decidiram que não vão apoiar a mudança do atual sistema de votação eleitoral.

Participaram do acordo ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD), Luciano Bivar (PSL), Luis Tibé (Avante), Marcos Pereira (Republicanos), Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e Valdemar Costa Neto (PL).

Manifestações

Em Brasília, a movimentação se concentrou na Esplanada dos Ministérios, com grande quantidade de pessoas. Vestidos com as tradicionais camisas canarinho, os manifestantes, com e sem máscaras, carregavam bandeiras do Brasil e passeavam pelo gramado.

A capital fluminense também demonstrou seu apoio ao atual presidente da República. Concentrados em Copacabana, bairro da zona sul carioca, os manifestantes também carregavam bandeiras e levantavam cartazes para o voto impresso e auditável. Cinco carros de som endossavam o discurso do movimento.

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O presidente também fez uma participação virtual no ato em São Paulo, na tarde de domingo. A concentração começou por volta das 13h em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, e reuniu figuras como a deputada Carla Zambelli e o deputado Eduardo Bolsonaro, ambos do PSL paulista.

“Quero parabenizá-los pela iniciativa de irem às ruas e lutarem por liberdade e por eleições limpas. Não é apenas o direito de vocês, é uma obrigação de quem está do lado de cá proporcionar uma eleição que tenha contagem pública dos votos, bem como se apresente uma forma de auditá-los. E isso é possível”, disse Bolsonaro em chamada realizada pelo filho Eduardo.

Além do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, até o momento foram registradas manifestações em mais oito estados: São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Goiás, Maranhão, Pará e Roraima.

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