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Laudo atesta que homem negro morto em abordagem não tomou arma de PM

Laudo foi finalizado na noite dessa quarta-feira (17/8), um mês após a morte de Marcos Vieira Couto, em Contagem, Minas Gerais

atualizado

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Marcos Vieira Couto
1 de 1 Marcos Vieira Couto - Foto: Reprodução

Laudo pericial realizado pela Polícia Civil de Minas Gerais aponta que Marcos Vinícius Vieira Couto, homem negro baleado por um policial militar em Contagem (MG), não tentou tomar a arma do agente antes do disparo.

O documento foi finalizado na noite dessa quarta-feira (17/8), um mês após a morte de Marcos. No boletim de ocorrência do caso, o policial militar que disparou contra o homem afirmou que o suspeito teria tentado “arrebatar” a arma em um momento de distração, o que teria motivado a reação.

A perícia, no entanto, atesta que a situação não ocorreu. A PCMG analisou imagens da cena gravadas por familiares. O estudo aponta que o homem de fato resistiu à abordagem policial, mas não houve tentativa de tomar a arma do agente.

“As imagens gravadas mostraram o homem que foi puxado pelo policial militar resistindo à abordagem policial. Porém, em nenhum momento as imagens mostraram o referido homem tentando tomar a arma do policial”, consta no documento.

O laudo foi recebido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que investiga o caso. O policial acusado pelo homicídio será ouvido pelas autoridades nesta semana.

Relembre o caso

Durante uma abordagem policial em Contagem, Marcos Vinícius Vieira Couto, de 29 anos, foi morto com três tiros, na noite do dia 16 de julho.

Segundo os familiares da vítima — que gravaram a cena —, os militares teriam recebido uma denúncia de que o jovem estaria armado em uma festa.

No vídeo, é possível ver Marcos com as mãos para cima, enquanto os policiais que atenderam a ocorrência conduzem a abordagem. Em clima de tensão, os agentes pedem que as pessoas se afastem do local.

Durante coletiva de imprensa a major Layla Brunnela, da Polícia Militar de Minas Gerais, informou que a corporação recebeu um chamado por volta das 22h40 de sábado.

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O denunciante teria informado que estavam sendo efetuados disparos de arma de fogo em uma festa, e que o homem também teria proferido ameaças e dado coronhadas em populares.

Durante a coletiva, a major afirmou que o suspeito resistiu à abordagem. Os militares, segundo ela, não cometeram “nenhum excesso”.

De acordo com a corporação, foi constatado que o suspeito tinha sete passagens por porte de arma, nove por tráfico e uma por venda de armas. Durante o ocorrido, ele também estaria sob o efeito de drogas e álcool.

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