Lateral do Flamengo é denunciado por homicídio culposo após acidente

Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio denunciou o jogador Ramon Ramos Lima, lateral do Flamengo, por homicídio culposo após atropelar e matar o entregador Jônatas Davi dos Santos, em dezembro de 2021, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com a 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca, o jogador dirigia em velocidade acima da permitida na via no momento da colisão. O atleta também não manteve uma distância de segurança entre o carro e a bicicleta do entregador.

Além disso, o documento também aponta que segundos antes do acidente, o carro de Ramon Ramos foi multado por excesso de velocidade.

“Consta nos autos que o denunciado conduzia seu veículo com velocidade aproximada de 102 km/h, enquanto a permitida para a via era de 70 km/h”, diz parte da denúncia apresentada pelo MPRJ.

Ramon atropela ciclista

Ramon, jogador do Flamengo, atropelou ciclista no Rio Reprodução

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Carro do jogador Ramon, do Flamengo, depois de atropelamento Divulgação/Redes Sociais

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Ramon é lateral-esquerdo do Flamengo Reprodução

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O jogador falou pela primeira vez após o acidente Reprodução

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A assessoria disse que ele não mora mais no imóvel Divulgação/Flamengo

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O jogador morava em uma casa invadida em um condomínio em Vargem Pequena, no Rio de Janeiro Reprodução

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Ramon é lateral-esquerdo do Flamengo Alexandre Vidal/Flamengo

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“Quando o entregador atravessou a pista de rolamento, conduzindo uma bicicleta de forma inadvertida com o semáforo aberto para o trânsito de veículos. Diante disto, o denunciado, que estava acima da velocidade máxima permitida, não guardou a segurança frontal necessária à segurança da via e colidiu na bicicleta conduzida pela vítima”, diz um dos trechos da denúncia.

No documento, o delegado Leandro Gontijo, da 16ª DP (Barra da Tijuca), ressalta que “conforme o art. 58 do CTB, “nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores”, e que apesar de o local não ser dotado de uma ciclofaixa, o ciclista não poderia ter se afastado dos bordos da pista, iniciando uma manobra que culminou em sua morte”, diz um trecho ao qual o jornal O Globo teve acesso.

Vítima

Jônatas Davi dos Santos trabalhava com entregas para um aplicativo de comida no momento em que foi atropelado e morto pelo jogador do Flamengo. A vítima tinha 30 anos e deixou a esposa e três filhas, uma delas de apenas um ano. O ciclista, que era torcedor do time, foi atingido pelo atleta na noite 4 de dezembro.

Na época, a viúva, Priscila Aline de Oliveira, publicou uma homenagem ao marido. A mulher do ciclista afirmou que está “com o coração despedaçado” e que Jônatas “era tudo para ela” e sua família.

“Você era tudo para mim e agora só sobrou um vazio no meu peito. Meu marido partiu e levou com ele um pedaço meu”, escreveu Priscila em um post no Facebook.

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Jônatas Santos com a mãe. Ele foi atropelado quando trabalhava, por carro dirigido pelo jogador Ramon Reprodução

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Jônatas Santos era casado e pai de duas meninas Reprodução

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Jônatas Santos deixa a esposa, Priscila Aline de Oliveira, e duas filhas Reprodução

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Entregador Jônatas Santos morreu atropelado por jogador do Flamengo Reprodução/Facebook

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